“Política mirense: o meu ponto de vista a pensar em 2021” (“Opinião que conta”- António Verísismo)

A mesquinhez de certos protagonistas da politiquice barata e ou da política espectáculo leva-os a viver fora da realidade. E qualquer coisa lhes serve para tentar destruir e não construir. E Mira sofre desta doença.

Mas Mira pode chegar mais longe no bom sentido. Basta os autarcas ou os futuros autarcas quererem. E alguns querem.

Em 2021 vamos ter autárquicas. Com algumas certezas e convicções, e poucas dúvidas, vou deixar por aqui o meu ponto de vista.

Raul de Almeida, se for esse o seu desejo, e se não for “comido” por dentro como aconteceu a Mário Maduro, pode fazer um terceiro mandato até porque o segundo partido do concelho, naquele que costuma ser, nos últimos anos, o segundo partido do concelho, o PS, saiu de uma derrota estrondosa nas últimas autárquicas e fazendo fé em quem se perfila e tudo faz para ser o primeiro candidato socialista à corrida presidencial autárquica em Mira (Francisco Reigota), ou não fosse ele o líder do partido cá no burgo, vai ter uma luta inglória perante um partido dividido onde, ouve-se por aí, muitos militantes socialistas não darão o voto a este candidato que se perfila dentro do PS.

Nem sempre a disciplina partidária funciona. E até se fala também, com alguma insistência, na hipótese de alguns socialistas concorrerem como independentes, tendo em conta que não se revêem na possível candidatura do seu partido

Depois, o MAR que já teve um vereador, parece arredado da corrida numa altura em que o Bloco de Esquerda, que até pensou que o MAR não concorreria nas últimas autárquicas, por dica de alguém de dentro do movimento, se prepara para apresentar lista em 2021. O MAR não teve aceitação popular como o seu candidato (Rui Terrível) acreditaria e ainda porque terá havido nomes fortes do movimento que não ajudaram, como se esperava, o seu candidato nesta sua candidatura.

Outras forças poderão aparecer, para além da CDU que concorre sempre e do CDS que concorre às vezes, nomeadamente o LIVRE à esquerda e o MPT à direita. O que baralharia, a acontecer, os resultados finais. Sobretudo, nos eleitos para a Assembleia Municipal.

Mas, vamos por agora ficar por aqui pois antes disso, em Maio de 2019, temos eleições europeias e, em Outubro desse mesmo ano, temos eleições legislativas. E por aqui apostamos para já nessas. Sem no entanto deixarmos de continuar atentos ao que pode acontecer por Mira em 2021.

 

António Veríssimo, militante do LIVRE