PGR confirma Cafôfo e vereadora da Câmara do Funchal como arguidos no caso da queda de árvore no Monte

Processo que envolve Paulo Cafôfo relaciona-se com a queda de um carvalho centenário, em Agosto de 2017, no Funchal. A queda provocou a morte a 13 pessoas e feriu 53 e levou à abertura de um um inquérito que conta já com três arguidos, entre os quais também um funcionário da Câmara.

A Procuradoria Geral da República (PGR) confirma que o presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, a vereadora com o pelouro do Ambiente Urbano, Idalina Perestrelo, e um funcionário da autarquia foram constituídos arguidos no âmbito do inquérito à queda de uma  árvore, no Largo da Fonte, sobre a multidão que esperava pela procissão da Nossa Senhora do Monte, no Funchal. A queda provou no verão passado a morte de 13 pessoas e feriu mais de meia centena. Ministério Público aponta para omissão do cuidado exigível na conservação do espaço urbano e da árvore.

O Jornal Económico questionou fonte oficial da PGR sobre este caso que remeteu para uma nota da Procuradoria Geral Distrital de Lisboa (PGDL) que acaba de ser publicada no seu site e onde se dá conta da existência de três arguidos na sequência do inquérito que foi aberto à queda da árvore no dia 15 de agosto do ano passado durante uma procissão no Largo da Fonte, no Funchal, que provocou a morte de treze pessoas e dezenas de feridos.

“Na sequência de abertura de inquérito sobre estes factos, decorrida a fase principal da recolha de prova indiciária pericial, pessoal, documental e no prosseguimento do apuramento de eventuais responsabilidades penais, foram constituídos e interrogados como arguidos o Sr. Presidente da Câmara Municipal do Funchal, a Vereadora da Câmara Municipal do Funchal com o pelouro do Ambiente Urbano, Espaços Verdes e Espaços Públicos e o Chefe de Divisão de Jardins e Espaços Verdes Urbanos da Câmara Municipal do Funchal”, revela a nota da PGDL.

É ainda dado conta que Paulo Cafôfo, Idalina Perestrelo e o funcionário da Câmara do Funchal foram ouvidos sobre os factos do processo relativos à morte de 13 pessoas e ofensas à integridade física de outras 53, em virtude da queda de uma árvore em espaço público, estando em causa “a averiguação da omissão do cuidado exigível na conservação do espaço urbano e da árvore”.

De acordo com a PGDL, a investigação tem sido executada pela Polícia Judiciária (PJ) do Funchal sob a direção do MP no DIAP do Funchal, para além da colaboração de especialistas botânicos. “A investigação prossegue ainda para recolha de prova pericial forense”, conclui a entidade liderada por Maria José Morgado.

económico