Paula Brito e Costa já entregou carta de demissão. Nova direção escolhida em janeiro

A demissão da ex-presidente da Raríssimas foi formalizada na manhã desta quinta-feira

A carta de demissão de Paula Brito e Costa da presidência da associação Raríssimas foi finalmente entregue, depois de ter anunciado que se demitia esta terça-feira, após as notícias que davam conta da gestão danosa da associação.

A receção da carta permite que ainda esta quinta-feira seja marcada a eleição de novos corpos gerentes. Ao jornal Expresso, o presidente da Mesa da Assembleia Geral, o advogado Paulo Olavo Cunha, adiantou que tomou “conhecimento, por carta digitalizada, da renúncia formal” na manhã desta quinta-feira.

Com este trâmite legal cumprido, Paulo Olavo Cunha pode iniciar as diligências seguintes. “Aguardo que os diretores remanescentes solicitem a convocação de uma Assembleia Geral para proceder à designação dos membros dos órgãos sociais em falta, até ao final do mandato em curso (2016-2019).”

Fonte da instituição disse entretanto à Lusa que a Raríssimas vai realizar a sua assembleia geral “nos primeiros dias de janeiro”, da qual deverá sair uma nova direção, após a saída da presidente Paula Brito e Costa. Segundo a mesma fonte, a informação sobre a data da realização da assembleia geral foi fornecida a elementos da atual direção pelo presidente da assembleia geral da instituição de solidariedade social.

A Raríssimas – Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras está envolta em polémica após uma reportagem da TVI na qual foram mostrados documentos que colocam em causa a gestão de Paula Brito e Costa, que alegadamente terá usado dinheiro do Estado e de donativos para vários gastos pessoais.

Paula Brito e Costa, anunciou na terça-feira, ao Expresso, que se demitia do cargo, mas só esta quinta-feira apresentou a demissão formal.

Elementos da Inspeção-geral do Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social estão a realizar uma inspeção a pedido do ministro do Trabalho, Solidariedade Social e Trabalho.

O Ministério Público estava também a investigar a instituição, após uma denúncia anónima.

A Raríssimas foi fundada em abril de 2002 para apoiar pessoas com doenças raras, que se estima afetarem cerca de 800 mil portugueses.

DN / Lusa