Parlamento espanhol prolonga estado de emergência por mais seis meses

A medida que já está em vigor, mas que o Governo só pode decretar durante duas semanas a partir do último domingo, foi aprovada por uma maioria confortável de 194 votos a favor, 53 contra e a abstenção de 99 deputados.

O parlamento espanhol aprovou esta quinta-feira em Madrid a prorrogação do estado de emergência para lutar contra a pandemia de Covid-19 durante seis meses, até 09 de maio de 2021.

A medida que já está em vigor, mas que o Governo só pode decretar durante duas semanas a partir do último domingo, foi aprovada por uma maioria confortável de 194 votos a favor, 53 contra e a abstenção de 99 deputados.

Os partidos que apoiam o Governo, Partido Socialista (PSOE) e Unidas Podemos (extrema-esquerda), tiveram o apoio do Cidadãos (direita-liberal) e a quase totalidade de outras pequenas formações regionais, nacionalistas e independentistas.

A maior formação da oposição, o Partido Popular – direita, segundo maior partido – absteve-se e o Vox – extrema-direita, terceiro maior partido – votou contra.

O estado de emergência para tentar contrariar a progressão da pandemia em Espanha estabelece o recolher obrigatório, menos nas Canárias, das 23h00 às 06h00, podendo cada uma das comunidades autónomas adiantar ou atrasar a medida em uma hora.

A medida também outorga a cada uma das regiões espanholas os instrumentos jurídicos necessários para decidir medidas como o confinamento de zonas do seu território, municípios ou mesmo toda a comunidade autónoma.

Na Comunidade de Madrid, por exemplo, o executivo regional proíbe qualquer deslocação desnecessária entre as 00h00 e as 06h00, horário em que a população deve ficar confinada ao seu agregado familiar.

Ao contrário da Catalunha, que encerrou totalmente a restauração, em Madrid este setor pode agora estar abertos até à meia-noite, uma hora mais do que anteriormente.

Na comunidade autónoma da capital de Espanha há ainda 32 “zonas sanitárias básicas”, com uma taxa de incidência acumulada superior a 500 positivos, onde a população apenas pode sair para ir trabalhar, à escola ou tratar de assuntos essenciais.

Lusa / TSF