OPINIÃO QUE CONTA: “Ena! Ena! O que para aí vai…” (António Veríssimo)

A mesquinhez de certos protagonistas da politiquice barata e ou da política espectáculo leva-os a viver fora da realidade. E qualquer coisa lhes serve para tentar destruir e não construir. E Mira sofre desta doença.

Basta lembrar-mos que por cá, costuma-se ser contra porque sim, sem qualquer argumento válido. É aquela coisa, mais ou menos engraçada, de ser contra os projectos e as obras só porque não são pensadas pelos “da nossa cor”. Claro que há excepções.

Ou então, como aconteceu em 2012, aquando da homenagem a Zeca Afonso e a Adriano Correia de Oliveira, alguns não terem aparecido porque não acreditaram, ou porque não tiveram a ideia, ou até por causa da distância quando, afinal, moravam a dois passos. Ao contrário dos convidados que vieram do Alvito, de Lisboa, de Aveiro, do Porto e de Coimbra.

E ainda há gente que não gosta daqueles que cá moram e trabalham, mas que vieram de fora, olhando-os de soslaio, falando do que não conhecem. Esquecendo que alguns desses fizeram mais por Mira, não nascendo cá, do que eles que cá nasceram.

Mas Mira pode chegar mais longe no bom sentido. Pode crescer. Pode mudar mentalidades. Basta querermos.

E, nós, continuamos, por aqui, em luta por uma política séria, contra a política espectáculo de alguns, por uma política livre e democrática.

Em 2019, temos eleições europeias e legislativas. Por aqui apostamos para já nessas. Iremos, no entanto, ficar atentos ao que pode acontecer por Mira em 2021. Mas, dessas autárquicas, falaremos na altura certa.

Ainda a tempo:

A jornada desportiva que se realizou em Montemor-o-Velho, e onde Fernando Pimenta mostrou mais uma vez de que massa é feito, traz-nos à lembrança que, durante vários anos, a Praia de Mira foi palco da Taça de Portugal em Remo. Que perdeu exactamente para Montemor por pouco interesse do então edil mirense.

 

António Veríssimo