OPINIÃO QUE CONTA: “CRÓNICA DE UMA TRAGÉDIA NUNCA ANTES IMAGINADA”

O dia 15 de Outubro vai ficar na nossa memória como o dia de uma grande tragédia que, no caso da nossa terra, Mira, atingiu proporções nunca antes imaginadas.

Com a ajuda do vento,com as ajudas das terras e dos pinhais que não são limpos, fruto da irresponsabilidade de uns quantos, e com ajuda de alguns incendiários, o nosso concelho foi devastado e muita gente ficou sem nada, sem casas, sem emprego.

Alguma coisa terá de ser feita no imediato. Por todos nós: povo, autarquias, governo.

Para já há que dar apoio a quem precisa, há que ser solidário com quem não tem casa, com quem não tem roupa para  vestir. Com quem hoje começa a acordar deste grande pesadelo.

E para que conste, tanto sofrem os cidadãos de Mira como os de outro qualquer lugar, seja aldeia, vila ou cidade deste Portugal. E assim não se compreende que Mira tenha sido abandonada pelos membros do Governo, tenha sido discriminada.

Não queria ter de afirmar que este “esquecimento” tem a ver com escolhas partidárias, tem a ver com “vamos olhar primeiro pelos nossos, os outros que esperem”.

Somos todos cidadãos que têm os mesmos direitos e deveres, exigimos tratamento igual.

Uma palavra para os bombeiros, incansáveis para chegarem a todo o lado, e para os autarcas e outros trabalhadores da edilidade que estiveram sempre presentes na primeira linha do combate a esta tragédia.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES… seja onde for. Que MIRA também siga esta ideia.
Que MIRA olhe esta tragédia com olhos de ver, que MIRA seja solidária com quem perdeu tudo.

António Veríssimo