OPINIÃO QUE CONTA: “A diferença de classes e tempos de outrora” (Rufino Leitão Neto)

A Sociedade de classes constitui uma divisão da própria comunidade em extratos e hierarquias, baseadas principalmente nas diferenças de dinheiros, culturas, extratos sociais, familiares e bens. As fronteiras entre as mesmas, não limitam precisões, ao contrário dos modernos Estados de Direito, cujo são todos iguais perante a lei.

Há cem anos atrás, por exemplo, a chamada classe alta, ocupa funções relacionadas com a propriedade e controlo de riquezas e com o máximo de direção de processos produtivos, não em grupos de indivíduos relacionados diretamente com a economia, mas assimiladas pelas ditas classes cultas (altos funcionários de estado, elites de certas profissões,
empresários, corpos diplomáticos), enfim, uma série de personalidades julgadas intocáveis.

A classe média, suscita sérios problemas de momento de controlo, de estabelecer nela própria, pela classificação, clarificação e caraterização das mesmas, visto que incluem certas personagens também de certos status sociais.

A classe burguesa e pequena burguesia, seria na sociedade do seu tempo em que existiram elementos pertencentes à aristocracia, que à medida que o capitalismo fosse avançando e se consolidasse, desapareceriam para dar lugar a uma burguesia agrária.

A classe baixa (pobres), esta nem sequer se deve falar ou pronunciar-se, porque não tem capacidades por onde se defenda manuscritamente, tendo em consideração todas as inúmeras necessidades, mas uma coisa é certa e verdadeira, a sequência da morte é também um afrontamento às outras classes que não podem fugir nem sequer evitar.

Afirmam-se alguns indivíduos pertencentes a uma determinada classe social para além da sua vontade de ser maior, devido a uma série de fatores e objetivos, como o nível de rendimentos, profissões, intelectualidade, afirmam-se que têm consciência plena da classe inserida e que os interesses coletivos por vezes não são tão simples e numéricos para se
aventurarem em agentes sociais coletivos de mérito. Estes com medo de perderem os interesses e as suas posições sociais e de influências, marcam na comunidade, algum conflito social e a relação com as classes denegriram certos setores que não querem perder por nada deste mundo, as suas vicissitudes por vezes vazias e frias, para elas serão sempre consideradas e acentuadas de classistas.

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Numa demonstração e afirmação, o signatário, como voluntário protocolado em exercício de funções protocoladas na instituição humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, aquando o registo e inventário dos livros amavelmente ofertados, por instituições, editoras, presidência da república e particulares, para a criação de uma
biblioteca singela no quartel destes soldados da paz, encontrei dentro de um livro doado pelo herdeiro do pocaricense Dr.Jorge da Fonseca Jorge, ex-governador civil do Porto ao tempo, documentos centenários em suporte de papel (listagem, cartas institucionais, compromisso de honra do regedor, de 1916 a 1938-anexos). Nestes descrevem-se os
nomes, valores atribuídos, e prémios aos alunos mais pobres da escola primária masculina e feminina, da freguesia de Pocariça. Nas classes mais desfavorecidas, a importância de 40 escudos cuja distribuição é feita pela Junta de Freguesia de Pocariça e toda a movimentação clarificada, era certificada pelo regedor, figura ao tempo, a autoridade
institucional e representativa, que remetia toda a documentação ao Governador do 1º Bairro de Lisboa, acompanhada da sua declaração de honra, com conhecimento ao Sr.PR Dr. Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais.

Assim e considerando os tempos atuais, já naqueles tempos se cumpria a ajuda aos mais desfavorecidos, cuja classe social onde se encontravam inseridas, demonstra bem que a diferença de classes já vem dos tempos de outrora, até há presente data.

Sejamos verdadeiros, concisos com as nossas opções, convicções, com os nossos princípios e próprios meios de SER HUMANO, embora a ambição faça parte de certa vivência, mas na classe que se pronunciar, seja útil, aberto, franco, objetivo, demonstrando toda a sua valência na ajuda ao próximo se for preciso, porque a humildade vem ao de cima e classifica-o como verdadeiro classista, mérito de registo inequívoco e humanizado.

Pocariça,2018/novembro/11