Oliveira de Azeméis: Prisão domiciliária no verão para controlar incendiário

Foi condenado apenas por um crime de incêndio florestal o homem de Oliveira de Azeméis que a Policia Judiciária tinha indiciado por 26 crimes de incêndio. Vai cumprir pena de prisão domiciliária, nos meses de verão, durante quatro anos.

Fernando Bastos, 46 anos, que a PJ indiciou pelos 26 crimes acabaria em julgamento acusado apenas por três crimes. Esta segunda-feira, foi condenado por um.

O Tribunal da Feira deu como provado a autoria do incêndio ocorrido em Fajões, Oliveira de Azeméis, a quatro de junho de 2016, em que ardeu uma área de cerca de 50 metros quadrados. Mas absolveu-o dos outros dois ocorridos a 25 de julho e 11 de agosto, respetivamente.

Foi sentenciado em quatro anos de prisão com pena suspensa, mas obrigado a pulseira eletrónica, com permanência em casa, entre um de julho e 30 de setembro, período crítico dos incêndios.

É, ainda, obrigado a frequentar um programa de desintoxicação do álcool.

“Se violar as disposições legais vai para a prisão cumprir a pena de quatro anos”, alertou a juíza, lembrando que, apesar de ter ardido uma área pequena de mato, o crime foi, “grave”.

O advogado de defesa, Márcio Correia, diz acreditar que o homem possa ter “uma vida normal”, desde que conte com o apoio social previsto.

Considerou, ainda, que por parte das autoridades de investigação, a PJ, “devia ter havido mais cuidado”, aquando das investigações que levaram a indiciar Fernando Bastos, numa primeira fase, por 26 crimes.

O homem, desempregado, tinha já sido condenado e cumpriu três anos de prisão efetiva, também pelo crime de incêndio Florestal.

Fonte e Foto: JN / Salomão Rodigues