O sorriso vindo do fado e uma maratona de coisas imperdíveis no São Tomé…

Com uma manhã, uma tarde e uma noite bastante agitadas, o segundo dia das Festas de São Tomé 2019 foi recheado de atividades intensas.

Para além da apresentação oficial do Primeiro Encontro Ibérico de Minis que acontecerá em 2020 na Praia de Mira (ver notícia publicada no dia de ontem), as milhares de pessoas que estiveram durante o dia no recinto das festas puderam assistir ao Passeio de Motos Antigas, organizado pela ACM Carromeu, que perambulou pelo Concelho até encerrar junto as tasquinhas. Puderam, também, assistir a um espetáculo de dança promovido pela Dancenter, de Aveiro, à animação nas tasquinhas que esteve a cargo da Butchers Brass Band, dar uns passos de dança ao som dos Grupo de Baile Wave, ou a presenciar o belíssimo Fado, que foi o ponto alto do dia a nível cultural e que ficou por conta dos grupos Nocturno e Àcapella.

O Pavilhão de Mira foi palco de muitas emoções…

Mas, para além de toda a movimentação no Jardim do Visconde, também houve (muita) emoção no Pavilhão de Mira, onde o Seixo bateu de forma contundente a, também forte equipa da Praia de Mira, por esclarecedores 7-1… um resultado justo, mas que não espelha a diferença entre estas boas equipas que chegaram até a grande final.

Seixo, que contou com a garra do eterno Zorro e a capacidade de todos os seus elementos acabou por erguer a Taça de Campeões sob o barulho ensurdecedor da sua claque, que nunca lhe regateou apoio frente à equipa praiana, também ela, merecedora de enorme apoio vindo da bancada.

Parabéns aos vencedores e honra aos derrotados que, no final, aplaudiram a conquista adversária, numa enorme demonstração de fairplay mesmo sob a dor da tristeza, no momento da derrota!

Quem não gosta de Fado, é porque não assiste a espetáculos como este…

E se, de repente, o leitor – ou, a leitora – sentasse num banco de plástico frente a um enorme palco e assistisse a um espetáculo musical… que género escolheria? Uma banda que tocasse baladas? Um grupo de Rock? Ou… dois grupos de Fado?

Se a sua opção foi a terceira e, se o fez na noite de ontem em Mira, então… parabéns pela escolha!

O espetáculo que subiu ao palco principal, executado superiormente por um Grupo mirense, que dá pelo nome de Nocturno e um de Coimbra, chamado Àcapella, foi uma grande demonstração de que o risco corrido pela Comissão Organizadora, valeu mesmo a pena!

Quinhentos lugares sentados e muitos outros ocupados por pessoas em pé, são prova de que, também a música mais portuguesa de sempre, tem espaço em eventos que movam grandes massas.

Não foi preciso trazer nomes sonantes do Fado até Mira – e eles são, muitos – para que a alma fadista fosse sentida por todos e cada um. Liliana Claro Almeida, João Carlos Jesus Gil e todos os outros que estiveram em palco, a cantar, a tocar, a marchar ou a dançar, transformaram duas horas de espetáculo num tempo muito bem passado, onde todos os presentes perceberam que nem “tudo isso é triste”… só por ser Fado!

 

Jornal Mira Online

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