O “Boavistão” caiu no Cabanão!

Dizem os amantes do futsal que “cada jogo é um jogo”… mas, este, foi de parar o coração até voltar a respiração!

Poucos – para não dizer quase ninguém – esperariam que o Boavista FC, líder incontestável, isolado e invicto da sua série no nacional da segunda divisão fosse soçobrado por uma equipa humilde e voluntariosa dos distritais na Taça de Portugal, mas foi mesmo isso o que aconteceu!

Domus Nostra teve o pavilhão repleto de um público que é, desde a longo tempo, conhecido a nível nacional e que sentiu na pele o seu orgulho ir aos píncaros da glória, numa noite fria de sábado.

Quando o resultado final assinalou um 4×3 para a equipa caseira, instalou-se uma festa tal no pavilhão, que mereceu ser aplaudida pelos derrotados, como o foi. É que, mesmo eles, estupefactos e incrédulos por terem caído fora da Taça de Portugal, reconheceram o valor de jogadores que jogam com o coração e de um público que não sabia como ainda lhes cabia o coração dentro do peito!

É certo que os deuses do futsal estiveram com a equipa de Cláudio Cruz, tantas foram as defesas impossíveis de Rafa, as bolas que teimavam em passar rente aos postes e estes mesmos postes que resolviam, no último instante, resgatar o sorriso do público que já lamentava um hipotético golo sofrido!

Mas, a tal estrelinha, a tal sorte do jogo, só aparece quando a equipa faz por merecer… e, como o fez o humilde Domus Nostra! Defensivamente quase irrepreensível – é impossível sê-lo durante os 40 minutos do encontro – e rápida a contra-atacar, a equipa de Portomar ainda encontrou momentos em que despejou a bola para bem longe da baliza, quando se viu apertada. E, talvez aí esteja a chave-mestra que abriu as portas da glória (mais uma), para este clube cujo nome chega junto do agradável epíteto de “tomba gigantes”, nesta fase da Taça de Portugal.

Pelo caminho ficou uma equipa recheada de bons valores que jamais virou a cara à luta nem jamais se entregou ao destino de sair vergada de Portomar. Aconteceu-lhes isso, mas souberam perceber que do outro lado da barricada, morava um clube chamado Domus que tem, não por acaso, um coração nas suas imagens..

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DOMUS: JORGE, RAFA, BORRALHO, KEVIN, DAVID NICOLAU, BRIAN, TIAGO BASTOS, RUBEN, DIOGO, CLÁUDIO (C), ZEZITO, JORDAN LAU e PEDRO MARQUES

BOAVISTA: FERNANDO, NUNO CARVALHO, PEDRO SILVA, JORGINHO, RUI BALTAR (C), PINCHA, SÍLVIO, PEDRO RODRIGUES, ZÉ SOARES, JOÃO GUEDES, PEDRO ANDRADE e ANDRÉ OLHINHO

ARBITRAGEM: JOÃO DIAS (PRINCIPAL), HUGO COSTA (2º) e CARLOS CASTANHEIRO (CRONOMETRISTA) – Muito bom nível

CARTÕES: DAVID NICOLAU (A) e RAFA (V) pelo Domus; NUNO CARVALHO, RUI BALTAR, PEDRO ANDRADE, ANDRÉ OLHINHO (A) e ZÉ SOARES (V) pelo Boavista

MARCADORES: KEVIN, RUBEN, DIOGO, CLÁUDIO ((DOMUS); PEDRO SILVA, RUI BALTAR (Penalty) e ANDRÉ OLHINHO (BOAVISTA)

DESTAQUES: Público das duas equipas e Diogo, um jogador jovem, muito trabalhador e com pinta de craque! O que ele fez na jogada do segundo golo, oferecido ao companheiro Ruben, foi uma enorme maldade a dois adversários… mas, o melhor ainda estava por vir, quando anotou o seu próprio golo, numa jogada magistral. Se mantiver a mesma humildade, pode-se dizer que, ali há jogador pois, talento não lhe falta!

INTERVALO: 2X1 para o Domus Nostra

RESULTADO FINAL: 4X3 para o Domus Nostra

 

O jogo foi transmitido em direto para todo o mundo, através do canal do Youtube do Jornal Mira Online e pode ser revisto, a qualquer momento, neste link:

https://www.youtube.com/watch?v=g_UzxhoFY9M