“Não podem ficar à porta”. Pais foram o maior problema no início das aulas

Representante dos diretores diz que ajuntamentos que se têm visto perto das escolas são promovidos pelos pais. Pelo contrário, alunos tiveram um comportamento excelente.

Os diretores das escolas dão nota positiva à primeira semana do ano letivo, com destaque para o comportamento dos alunos, mas salientam um problema que se tem sentido do lado dos pais que se juntam à porta das escolas ou do outro lado dos gradeamentos.

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas destaca à TSF a “atitude cívica” dos alunos neste ano marcado pela Covid-19, tirando alguns casos que considera pontuais de alunos “amontoados” nas entradas.

Ajuntamentos que, sublinha, “também é justo dizer, foram promovidos pelos nossos pais, pais que vão deixar os filhos às escolas mas permanecem no exterior, em vez de ir trabalhar ou ir para casa”

O representante dos diretores diz que é tradição nas escolas, nomeadamente no 1.º ciclo, os pais “entregarem os filhos aos funcionários e permanecerem em amena cavaqueira no exterior, fazendo tempo para ir para o emprego”. “O que se pede aos pais é que deem o exemplo aos filhos”, defende.

Por outra associação, o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares refere que “também notámos e falei com vários colegas que dizem que a angústia dos pais, legítima, faz com que sabendo que os filhos não têm aulas venham tentar recolhê-los e de facto tentam aproximar-se e ficam todos juntos, às vezes sem usarem máscara o que foi uma preocupação em algumas escolas”.

No entanto, Manuel Pereira defende que “genericamente, apesar desses casos pontuais em algumas escolas, até os pais se portaram bem”.

O representante de quem dirige as escolas faz, de forma genérica, uma avaliação muito positiva desta primeira semana. “Todos os alunos, praticamente sem exceções, cumprem as regras de uso da máscara ou de higienização das mãos e de outros espaços”, remata.

Nuno Guedes / TSF