Ministro dos Negócios Estrangeiros inteirou-se das dificuldades inerentes à limpeza florestal

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, esteve, sábado pela manhã, na Câmara Municipal da Mealhada, numa operação de sensibilização relativa à limpeza da floresta. O governante quis saber o que está a ser feito no Município, mas também quais as dificuldades e preocupações sentidas no terreno.

“Na Mealhada tudo está a ser feito para dar cumprimento à lei, posicionando-se o Município com uma ação de colaboração e cooperação com os proprietários no sentido de os apoiar na limpeza da floresta”. A garantia foi dada por Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, que explicou que, nesta fase, o município atua de forma pedagógica, informando e contactando os proprietários e que só em casos extremos de completo desrespeito e reincidência adotará outra postura. “Estamos a trabalhar com as pessoas, com a GNR, com as juntas de freguesia, com diversas entidades e espero que tenhamos um verão incólume, já que os dois últimos foram algo complicados, com incêndios vindos de outros municípios”, referiu Rui Marqueiro.

Augusto Santos Silva assumiu esta operação de sensibilização para a limpeza das matas como um desígnio do Governo, das Autarquias e da sociedade em geral, referindo inclusive os emigrantes que, pela distância, precisarão de apoio, mas quis saber dos técnicos e dos autarcas das juntas de freguesia quais as maiores dificuldades que se vão sentindo.

Do encontro, onde estiveram presentes técnicas (florestal e do Setor de Ação Social) e autarcas (Luso, Barcouço, Casal Comba, Vacariça e Pampilhosa e vereadores, Nuno Canilho e Hugo Silva), o governante leva preocupações como a distância entre árvores preconizada pela nova lei, que inviabiliza a exploração florestal em propriedades de minifúndio da região, a distância de árvores para as edificações, neste caso considerada insuficiente, o aumento dos preços dos profissionais de limpeza florestal, e a falta de mão de obra, a falta do cadastro de terras, que dificulta a identificação dos proprietários das parcelas e ainda os impactos na flora e fauna do corte de árvores.

Rui Marqueiro deixou ainda ao Governo o desafio de criar instrumentos financeiros para os Municípios poderem receber e limpar terrenos cujos donos, envelhecidos ou com dificuldades económicas, queiram entregar aos municípios.