Ministra brasileira em nova polémica: homossexuais são “doentes” e sexo entre mulheres é “aberração”

A ministra escolhida por Jair Bolsonaro para a pasta dos Direitos Humanos considera que a homossexualidade é um “pecado”.

“Menino veste azul e menina veste rosa.” A frase de Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Brasil, criou uma polémica além fronteiras. Porém, não termina por aqui e, agora, começou a circular um vídeo onde a pastora evangélica se refere aos homossexuais e travestis como “doentes”, ainda antes de pertencer ao governo de Bolsonaro.

Nas imagens divulgadas pela Revista Fórum , em que a ministra aparece a discursar numa clínica de “restauração sexual” – como a definem -, é possível ouvir Damares Alves a referir-se ao sexo entre duas mulheres como uma “aberração”.

“Não estão a falar só de sexo, eles estão a falar de aberrações, sexo com animais, sexo entre mulher com mulher, homem… eu falei aberração, tu edita isto”, disse a governante brasileira no excerto partilhado pela revista.

“Quem é que acolhe os travesti doentes ou homossexuais doentes? Somos nós, nós não somos homofóbicos, mas de repente declararam guerra contra nós, nós não somos homofóbicos, simplesmente falamos o que entendemos de acordo com a bíblia, que é pecado”, afirmou ainda a ministra dos Direitos Humanos na mesma palestra.

A denúncia das declarações polémicas surgiu por parte de um dos “pacientes” do “tratamento” de “restauração”, segundo escreveu a Revista Fórum de acordo com a fonte.

O jovem em causa foi convencido de que sofria um transtorno por ser homossexual e foi internado no Seminário Intensivo de Sexualidade (SEIS) para ser “tratado”.

O homem que preferiu manter o anonimato revelou que assistiu a estas palestras da atual ministra numa altura em que estava no seminário a receber “tratamento”.

Inês André Figueiredo / TSF