Marcelo: “É sempre importante estar com o Governo porque temos que remar na mesma direção”

O Presidente da República destacou ontem a importância da solidariedade institucional com o Governo em matérias nas quais é preciso “remar na mesma direção”, como apoiar os portugueses voluntários ou resolver o problema dos sem-abrigo.

Marcelo Rebelo de Sousa decidiu dedicar o final da tarde e a noite de hoje para ajudar voluntários que apoiam os sem-abrigo da cidade de Lisboa, pondo mãos ao trabalho na preparação de refeições e distribuição das mesmas pelas ruas da capital.

 

Acompanhado pela secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, o Presidente da República falou aos jornalistas enquanto aguardava, de avental e luvas, que a massa terminasse de cozer para continuar a embalar as refeições, juntamente com os voluntários da CASA – Centro de Apoio ao Sem-abrigo.

“É sempre importante estar com o Governo porque temos que remar na mesma direção. Os problemas são comuns. Temos que estar juntos, é a mesma causa”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa enalteceu assim a importância da “solidariedade institucional”, sublinhando que esta “não é uma causa nem do Presidente nem do Governo”, mas sim dos portugueses.

“É ou não é? Dê cá mais cinco”, pediu, em tom descontraído, a Cláudia Joaquim, que estava a trabalhar em frente ao chefe de Estado, também devidamente vestida a rigor com luvas e avental branco.

O Presidente da República quer “mostrar como realmente é excecional este trabalho”, referindo que da CASA saem “centenas e centenas de refeições todos os dias”, um trabalho invisível dos voluntários do qual as pessoas “não têm muitas vezes a noção”.

“É simbolicamente dizer que estamos com eles. As pessoas têm que se convencer de uma coisa: Presidente e secretária de Estado não são diferentes das outras pessoas”, apelou.

Cada vez “há mais portugueses voluntários”, de acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, que acrescentou: estas pessoas “merecem o nosso apoio porque dedicam aos outros uma parte do seu tempo”.

“Os sem-abrigo não é uma bandeira minha, é uma bandeira dos portugueses. É tentar, na medida do possível, ultrapassar aquilo que é uma praga, que piorou no período de crise, agora melhorou um bocadinho, mas ainda são muitas centenas só em Lisboa”, defendeu.

Lusa