Marcelo acredita que Madeira vai fazer parte dos corredores aéreos do Reino Unido face à “evidência dos factos”

De visita à região autónoma, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse acreditar que a situação da Madeira se vai alterar “nos próximos dias” dada a “evidência dos factos” quanto ao seu controlo da situação pandémica. O chefe de estado elogiou a atuação das autoridades locais, dizendo ser este um “coroar de um processo complexo, mas bem sucedido”.

Acompanhado pelo Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu às questões dos jornalistas à saída do Aeroporto da Madeira, considerando que a situação da região em relação aos “corredores aéreos” do Reino Unido está prestes a clarificar-se.

“Tenho a certeza que essas dúvidas vão ser dissipadas nos próximos dias, porque é tão grande a evidência dos factos”, disse o Presidente da República, argumentando é “patente a diferença no número de infetados e de óbitos” entre a Madeira e “diversos países europeus, Reino Unido inclusive”.

Em causa está a exclusão da Madeira dos “corredores de viagem internacionais” com destinos turísticos que o Reino Unido vai abrir a 10 de julho para permitir aos britânicos passarem férias sem cumprir quarentena no regresso.

Se a situação de Portugal Continental é inequívoca — o território encontra-se excluído —, as regiões autónomas encontram-se com estatutos confusos. Se na lista do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, as duas regiões encontram-se entre os destinos turísticos seguros aos quais não é inibida a viagem, na lista dos países e territórios com os quais foram criados “corredores aéreos” do Ministério dos Transportes, nenhum território português se encontra mencionado.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, “quando se fala em segurança e confiança, presente e futuro, a Madeira é um exemplo óbvio”, pelo que a situação deverá ficar esclarecida. O Presidente da República, aliás, disse ter vindo ao território num “momento particularmente importante na vida da região autónoma da Madeira, e portanto Portugal, porque é o coroar de um processo complexo, difícil, mas bem sucedido em termos de gestão de uma pandemia que é dificílima”.

A 1 de julho teve início uma operação de rastreio de viajantes nos aeroportos da Madeira e Porto Santo, na sequência de uma resolução do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, que impõe a obrigatoriedade de os passageiros apresentarem um teste negativo realizado até 72 horas antes do início da viagem, ou, então, a efetuá-lo à chegada.

O chefe de Estado disse estar “muito impressionado” com a “chegada de turistas a ritmo crescente” porque estes “vêm da Europa e de forma sucessiva e consistente”, o que dá, atualmente, “uma taxa de ocupação muito significativa em relação a um ano ‘normal’ como o anterior”, sendo que as previsões para os meses seguintes são ainda melhores.

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