Mais de 400 cursos curtos estão já registados para arrancar em 2015-2016

“A Direção-Geral do Ensino Superior aprovou até à presente data 409 cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP), o que permitirá acolher já no próximo ano letivo até 12 848 alunos”, informou hoje o Ministério da Educação e Ciência (MEC), em comunicado.

Os TeSP, que arrancaram em 2014-2015, com 99 cursos registados, ministrados maioritariamente em institutos superiores politécnicos, são cursos superiores mais curtos, com a duração de dois anos, e não conferentes de grau académico, com uma forte componente de formação profissional e em contexto de trabalho, com estágios em empresas com as quais as instituições celebram protocolos.

“Para o funcionamento destes cursos já autorizados [409] foram celebrados protocolos com 5.516 empresas e organismos que asseguram a formação em contexto de trabalho, proporcionando um estágio na respetiva área do curso a um universo de 15.500 alunos. Os cursos, de 47 áreas de educação e formação, serão ministrados por 48 instituições de ensino superior, sendo que 76% dos cursos pertencem a instituições de ensino superior públicas e 24% a instituições de ensino superior privadas”, adiantou a tutela.

Há ainda 43 cursos com pedido de registo submetido à Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) para os quais os serviços do MEC pediram informação complementar relativa às propostas apresentadas, outros 43 cursos que aguardam “pareceres das entidades reguladoras das profissões”, e 44 cursos “prontos a ser registados nos próximos dias”.

“Por esse motivo, o número de cursos registados, de alunos a abranger e de empresas envolvidas virá ainda a subir”, esclarece a tutela.

O MEC recorda, em comunicado, que os alunos destes cursos podem também eles candidatar-se a bolsas de estudo, tendo direito a “beneficiar dos restantes recursos disponibilizados pelos serviços de ação social da respetiva instituição de ensino superior”.

As candidaturas devem ser apresentadas diretamente à instituição, a qual define as regras dos concursos de admissão aos cursos, que devem ter propinas de valor inferior ao das licenciaturas.

Os TeSP foram criados para dar resposta às necessidades de especialização do mercado de trabalho, e pretendem ser uma via de continuação de estudos superiores para quem já tenha optado no ensino secundário pela via profissional.

Estes alunos não ficam, no entanto, excluídos do acesso a licenciaturas, podendo prosseguir estudos académicos se assim o entenderem.

O Governo definiu como objetivo ter 35 mil diplomados por estes cursos até 2020.

Fonte: Lusa