Livre declara apoio a forças progressistas nas Regionais da Madeira

O Livre não apresentará uma candidatura própria nas eleições regionais da Madeira, explicando as razões para tal cenário, através de comunicado: “O calendário anunciado sobrepõe a campanha para as eleições legislativas com a campanha para as eleições regionais, sendo objetivo e foco do Livre neste momento a eleição de representação parlamentar nas eleições legislativas. Por outro lado, a Lei Eleitoral da Assembleia Legislativa Regional da Madeira coloca sérios entraves aos partidos extra-parlamentares na apresentação de listas, nomeadamente obrigando à apresentação de 94 candidatos e candidatas para apenas 47 lugares elegíveis, situação que não tem paralelo em outras eleições (sejam as regionais dos Açores, as legislativas, as autárquicas ou as europeias)”.

Nesse sentido, deixando críticas ao Governo Regional, liderado por Miguel Albuquerque, o Livre “apela a todos os madeirenses para votarem nos partidos que representem as forças progressistas nestas eleições”. O partido considera “objectivo principal destas eleições a derrota do PSD e constituição de um governo progressista e de esquerda na Madeira”.

“O Livre tem acompanhado de perto a situação política na Madeira. Após 45 anos de governação do PSD, 41 dos quais sob a liderança de Alberto João Jardim, a realidade política no arquipélago é preocupante, mas com sinais de esperança. A governação de Miguel Albuquerque em nada se distingue do seu antecessor”, acrescenta o comunicado do partido.

“Para uma democracia efetiva e saudável”, defende o Livre, “é essencial a existência de oposições fortes e alternativas credíveis. Infelizmente, durante mais de 40 anos de governação de direita, a esquerda não soube trabalhar em conjunto e construir uma alternativa social e política ao jardinismo”.

O Livre considera ainda que “as eleições autárquicas de 2013 e 2017 quebraram esse ciclo e apresentaram alternativas de convergência ampla que lograram quebrar o poder instalado”.

“Infelizmente não foi possível reproduzir a nível regional as soluções alcançadas a nível autárquico, contra aquilo que o LIVRE considera ser o anseio de todos os progressistas na Madeira”, acrescenta o partido.

“As razões para esta situação prendem-se sobretudo com taticismos das direções políticas regionais e nacionais dos partidos, que o Livre – por natureza um partido de convergência entre progressistas – não pode deixar de considerar incompreensíveis e criticáveis”.