“Gisele” chega esta terça-feira a Portugal e traz chuva e vento forte

Portugal continental e os arquipélagos dos Açores e da Madeira vão ser afetados, a partir desta terça-feira, pela passagem da depressão “Gisele”, que vai trazer chuva, vento forte e agitação marítima.

No que diz respeito à agitação marítima, Ângela Lourenço destacou que será uma situação mais pacífica do que a que se viveu no fim de semana passado, em que o território esteve sob aviso vermelho.

“Estamos à espera de ondas de oeste com quatro a cinco metros. Quanto ao vento, poderá chegar aos 100 quilómetros por hora nas terras altas e aos 90 no restante território. As zonas do litoral e as terras mais elevadas são os sítios onde a rajada será mais elevada”, disse.

Na Madeira, segundo o IPMA, a situação será mais pacífica, prevendo-se agitação marítima e precipitação intensa, mas não será tanto como no continente.

“O vento também vai ser menos intenso do que no continente. Mesmo no continente, as zonas onde se fará mais sentir o efeito da depressão serão as regiões mais a norte, porque a depressão depois vai para o golfo da Biscaia”, salientou.

Segundo Ângela Lourenço, a depressão nasce a norte dos Açores e vai em direção ao golfo de Biscaia, afetando de forma mais direta a parte norte da península ibérica.

“O dia mais crítico no que diz respeito aos efeitos da depressão é o dia 14 (quarta-feira) e a partir daí desloca-se em direção a nordeste afetando as ilhas britânicas. No entanto, vamos continuar com uma situação de chuva até ao fim de semana, mas já não é o efeito da depressão ‘Gisele'”, disse.

No que diz respeito às temperaturas, a meteorologista adiantou que haverá uma descida da mínima na quinta-feira, mas depois sobe e estabiliza.

“Vamos continuar com estas depressões e superfícies frontais que estão a deslocar-se no Atlântico. Normalmente tem uma trajetória de oeste para leste, tem uma génese aproximadamente na região costa leste dos Estados Unidos e tem tido um deslocamento muito a sul afetando diretamente o território nacional. Vamos continuar com este regime, ou seja, com chuva por vezes mais intensa e períodos em que não chove”, indicou.

JN