Fundo europeu: 750 mil milhões para fazer “face a uma crise sem precedentes”

Próximo orçamento europeu contempla um fundo de recuperação pós-Covid para ajudar a resgatar a economia europeia da pior recessão desde a Segunda Guerra. Itália e Espanha, os dois países mais atingidos pela pandemia, serão os principais beneficiários.

“A Comissão propõe um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros, além dos instrumentos comuns já lançados. Um avanço europeu para fazer face a uma crise sem precedentes”, escreveu o comissário italiano Paolo Gentilonin a sua conta oficial na rede social Twitter.

De acordo com a agência noticiosa alemã Dpa, dois terços do montante do Fundo, ou seja, 500 mil milhões de euros, serão canalizados para os Estados-membros através de subsídios a fundo perdido, e os restantes 250 mil milhões na forma de empréstimos.

Batizado de “Next Generation EU” (Próxima Geração UE), a Comissão prevê que o fundo seja financiado através da emissão de dívida pelo próprio executivo comunitário, que contrairá empréstimos nos mercados com garantias dos Estados-membros.

De acordo com fontes europeias, Itália e Espanha, os dois países mais atingidos pela pandemia, serão os principais beneficiários deste novo instrumento de relançamento da economia europeia.

Na apresentação perante o Parlamento Europeu, Von de Leyen explicou a chave de repartição dos apoios a serem prestados ao abrigo do fundo, tendo a Comissão Europeia elaborado um mapa das necessidades identificadas por toda a UE, tendo em conta as regiões e setores mais atingidos pelo confinamento e paralisação económica provocados pela pandemia da Covid-19.

A pandemia do novo coronavírus já matou mais de 350 mil pessoas em todo o mundo, mais de três quartos na Europa e nos Estados Unidos, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais. Pelo menos 2.191.200 pacientes são considerados curados.

Lusa