Desde o dia 12 e até ao dia 21 de Agosto, os operacionais do CTT de Mira irão dar a cara por uma luta que consideram “necessária”, sempre junto à N109, para que lhes seja dada a visibilidade pretendida…
O encerramento de lojas ao longo dos últimos anos, por conta da privatização que os CTT conheceram, e o “declínio da qualidade de trabalho por escassez de recursos humanos” são alguns dos pontos que refletem o desconteamento de grande fatia dos funcionários de uma casa que, ao longo de muitos anos “bem serviu o país e as populações” e que desejam voltar a conquistar, através de “intervenções necessárias que coloquem a imagem dos CTT no lugar que a empresa merece”.
A luta, que é desenvolvida a níveis nacional, regional e local, chegou a Mira, onde alguns dos funcionários procuram “mostrar o grande descontentamento que sentimos” deixando a certeza de que “termos balcões em três localidades – Praia de Mira, Seixo e Lentisqueira – é manifestamente pouco e não substituem o trabalho das lojas. Conhecemos casos onde as pessoas recusam-se a levantar as cartas registadas, por exemplo, uma vez que não se revêem neste tipo de serviços. Sem demérito algum para quem o desenvolve, é preciso que a empresa não deixe de conhecer a percepção das populações”.
Entretanto, João Moniz, representante do Bloco de Esquerda de Aveiro, também esteve presente no local para “prestar solidariedade à luta destes trabalhadores que deve ser valorizada”. No seu entender, “é preciso condenar esta privativazaão que tem feito, ao longo do tempo, empregados e populações sentirem na pele, o efeito nefasto que ela causou desde a primeira hora. É preciso que este quadro se reverta o quanto antes!”.
Por fim, ficou agendada entre os participantes da luta local e o Presidente da CM Mira, Raul Almeida, uma reunião que decorrerá pelas 09:30 horas do dia 19 de Agosto, onde serão debatidos todos os pontos referentes à este “protesto parcial” que está a decorrer. Esta foi a forma que Câmara e funcionários do CTT encontaram, como de resto também aconteceu em localidades como Cantanhede, por exemplo, para alavancar ainda mais a visibilidade que consideram “muito importante para esta causa”.
Francisco Ferra / Jornal Mira Online
Foto: João Eduardo Fernandes Ribeirinho, a quem o Jornal Mira Online agradece a disponibilidade da imagem.
