Fumegou na noite de Mira!

Os Jafumega foram os cabeça-de-cartaz do terceiro dia das Festas de São Tomé… um evento que tem chegado, através da inovação, a muitas mais pessoas!

Naquele que foi o Dia da Freguesia dos Carapelhos, assistiu-se à apresentação da Primeira Coletânea Poética Terras da Gândara, da autoria de Frankelim Amaral que reuniu textos alusivos à região da Gândara, frutos de muita qualidade de pessoas que vivenciam – ou vivenciaram – a forma de ser e amar a sua região.

Também lá esteve presente o Rancho Folclórico Varandinhas de São Bento que levou às Festas, um pouco da sua arte, numa atuação em que, por cerca de meia hora, entreteve e reteve os presentes em momentos de arte popular.

Como não podia deixar de ser, o Grupo Motard Montar para Viver também deu o ar da sua graça dando ao recinto um belo colorido e a demonstração de máquinas que são tratadas pelos seus proprietários com intensa devoção! Bomboémia, Anau a Rufar e o grupo de baile Kapittal também se fizeram representar em momentos de descontração, qualidade e sons que ajudaram a mexer com quem esteve presente nas tasquinhas ou na área central do recinto das Festas…

Os Jafumega colocaram todos a dançar…

No palco principal estiveram os Jafumega, uma banda nascida no Porto nos anos 80 e que, um dia, conquistou o coração dos Portugueses de lés-a-lés e, também, da imensa Diáspora espalhada por todos os cantos do mundo lusitano.

Luís Portugal, que um dia sonhou ser arquiteto, mas acabou por ser a voz de um projeto musical que canta e encanta, pode ser a peça mais visível do grupo, mas tem atrás de si – e ao lado, pois claro – mais 5 elementos que também completam um puzzle em que as peças encaixam-se perfeitamente.

Os mirenses e os visitantes bateram palmas, cantaram e dançaram como se não houvesse amanhã durante hora e meia de um espetáculo que mostrou que a idade passa para todos, mas a qualidade, esta, permanece e, muitas vezes, é ampliada pela experiência!

Irreverência em palco, belos acordes, contagiante interação com o público… os Jafumega estiveram em Mira pela primeira vez, mas parecia que conheciam o lugar e as pessoas de tal forma, que era impossível assistir ao espetáculo sem mostrar vibração e vontade de tirar os pés do chão.

Eles fumegaram a noite mirense mas, no bom sentido. O fogo era dentro de cada um dos presentes e era lá que extravasavam a alegria de poder ouvir e ver uma banda que teima em ser atual… com músicas de outros tempos!

Jornal Mira Online

This slideshow requires JavaScript.