Fazer pizza é uma arte? Sim, e a UNESCO acaba de o reconhecer como Património Imaterial da Humanidade

A arte dos “pizzaiolo” napolitanos, que deu fama mundial a esta especialidade da cozinha italiana, entrou esta quinta-feira, 7 de dezembro, para a lista de Património Imaterial da Humanidade da Unesco.

A decisão foi adotada na 12.ª Reunião do Comité Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorre na Ilha Jeju, na Coreia do Sul, até sábado.

Dois milhões de pessoas assinaram a petição mundial para apoiar a candidatura desta arte praticada atualmente em Nápoles por quase 3.000 ‘pizzaiolos’ e que, segundo os promotores da iniciativa, “desempenha um papel essencial na vida social e na transmissão entre gerações”.

O presidente da associação de pizzaiolos napolitanos, Sergio Miccù, havia prometido comemorar a eventual entrada da sua arte na lista de património imaterial com a distribuição de pizzas nas ruas.

Além do espetacular manejo da massa, esta é uma habilidade culinária que associa canções, sorrisos, técnica, espetáculo, tendo sido iniciada no século XVI, salienta a candidatura italiana.

“Vitória!”, escreveu no Twitter Maurizio Martina, ministro italiano da Agricultura. “Identidade enogastronómica italiana cada vez mais defendida no mundo”, completou.

“Longa vida à arte do pizzaiolo napolitano!”, escreveu no Twitter Pecoraro Scano, que já foi ministro da Agricultura.

A lista de património imaterial, criada em 2003, contava antes da reunião deste ano com mais 365 tradições ou expressões vivas, entre elas o flamenco espanhol, a cerveja belga, a filosofia milenar da ioga, entre outras.

Destaque  para o reconhecimento da produção dos “Bonecos de Estremoz”, em barro, uma arte popular alentejana com mais de três séculos, como Património Imaterial da Humanidade.

Na área de Património Cultural e Imaterial da Humanidade estavam a concorrer inicialmente 49 candidaturas, das quais 35 foram aprovadas, tendo no final recolhido parecer negativo 11.

 

Fonte: MadreMedia/AFP