Exposição “Figuras de Mulheres” na Biblioteca Municipal de Cantanhede

“Figuras de Mulheres” é o título da mostra constituída por figuras femininas em cerâmica que se encontra patente ao público na Biblioteca Municipal de Cantanhede, até ao próximo dia 31 de Março.

Constituída por 58 representações de figuras femininas, os trabalhos foram elaborados de forma manual por um grupo de oito artesãos que constituem o Grupo de Ceramistas de Coimbra, utilizando como material o barro.

Na mostra participaram os artesãos Alexandra Rocha, Álvaro Portugal, Isabel Parente, Isabel Ribeiro, Luís Costa, Maria da Conceição Martins, Teresa Castro e Vítor Assunção.

Esta é já a 2.ª vez que o grupo expõe na Biblioteca Municipal de Cantanhede já que durante os meses de dezembro de 2016 e janeiro de 2017, apresentou neste equipamento cultural a mostra de presépios “Nasceu um Menino”.

A exposição “Figuras de Mulher” demonstra uma riqueza e diversidade do artesanato em cerâmica, traduzidas na sensibilidade de cada artista representado, quer na originalidade das formas como representação da figura feminina, quer nos processos utilizados no fabrico das peças expostas.

 

Sobre os artesãos

 

Maria Alexandra Rocha nasceu em Margaride, Felgueiras, em 1944. Vive em Coimbra desde 1968.

Na segunda metade dos anos 60 apercebeu-se do gosto de trabalhar o barro quando frequentava o Curso Geral do Comércio, em Castelo Branco e fez o seu primeiro trabalho: uma menina ajoelhada com as mãos postas a rezar.

Entusiasta da época natalícia, começou a fazer presépios a partir de 1967. Em 2000 inscreveu-se num curso de cerâmica orientado pelo Mestre Vítor Bizarro. Expõe os seus trabalhos em mostras cerâmicas desde 2010.

 Álvaro Portugal nasceu no Porto, em 1957.

É licenciado em Pintura, pela Escola Superior de Tecnologias Artísticas de Coimbra e em Engenharia Civil, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

Vive e trabalha em Coimbra. Expõe regularmente desde 1998.

“… a intenção de representar não objetos, mas ‘sentimentos’, que não encontra correspondência na natureza, de os apoiar em imagens de figuras, são fatores que comportam inevitavelmente uma deformação, que constitui um traço distinto de estilo, ou de uma linha de expressão.”

 Isabel Parente nasceu em Coimbra, em 1963.

É técnica de ótica ocular e já há alguns anos que se dedica à arte de trabalhar o barro, paixão que sente desde a infância. Teve como mestre o ceramista Vítor Bizarro, e, como resultado do seu trabalho, surgiram diversas peças das quais se destacam figuras da Rainha Santa Isabel, Santo António, São João, São Pedro e também de presépios. Em paralelo criou outras peças em cerâmica como os típicos estudantes de Coimbra e algumas obras de caráter mais pessoal, que teve oportunidade de expor em várias mostras e feiras de artesanato, principais promotoras do seu trabalho artístico.

Isabel Ribeiro é professora de Ensino Básico e vive em Coimbra.

Sentiu o gosto pela arte cerâmica desde muito jovem. Aprendeu a arte da cerâmica com o artesão e mestre Vítor Bizarro. Tem desenvolvido os seus conhecimentos com outros artesãos, nomeadamente com a ajuda de Álvaro Portugal. Participa em mostras e exposições na região de Coimbra.

Luís de Almeida Costa é natural de Coimbra, onde nasceu em 1950.

Trabalhar o barro sempre foi uma atividade que o seduziu. Com a disponibilidade de tempo permitida pela reforma, não deixou de aproveitar a oportunidade de integrar um grupo que se dedica à cerâmica, procurando aprender e criar algumas peças que fazem parte do seu imaginário.

Maria da Conceição Martins nasceu na Marinha Grande, em 1957. Foi já na casa dos quarenta anos que despertou para a arte da cerâmica.

Frequentou várias formações de olaria, no Inatel, sob a orientação do Mestre Vítor Bizarro. No Cearte (Centro de Formação Profissional do Artesanato) frequentou formações de olaria, entre outras. Participa regularmente em feiras de artesanato e assume a olaria como um hobbie apaixonante.

Teresa Castro nasceu na Figueira da Foz, em 1959. Reside em Coimbra.

Desde muito jovem que se dedica às artes decorativas. Em 2011 iniciou a aprendizagem da arte de trabalhar o barro.

As peças que expõe são o resultado de um sonho realizado. Participa regularmente em exposições e feiras de artesanato.

Vítor Assunção é natural concelho de Mêda, Beira Alta. Aposentado, reside em Coimbra.

Desde muito jovem que sente o gosto pelas artes manuais, mas foi só após a aposentação que começou a ocupar o tempo disponível na arte da olaria.

A cerâmica, na sua vertente da modelagem do barro, deu-lhe a possibilidade de dar corpo ao sonho que acalentou ao longo dos anos. Participa regularmente em feiras de artesanato e exposições.