Empresários português e moçambicano assassinados em Angola

Um cidadão português e outro moçambicano, ambos empresários, foram assassinados na província da Huíla, em Angola, informou hoje a polícia.
O português, Délcio dos Reis Cardoso, e o moçambicano, Álvaro Morgado, ambos de 64 anos, residiam na província de Benguela, no litoral sul de Angola, de acordo com o comunicado.

O desaparecimento das vítimas foi dado a conhecer pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Benguela, na quarta-feira, à polícia da província da Huíla, para onde os empresários terão partido no dia 20 de Janeiro, para o município da Matala, supostamente numa viagem de negócios.

A polícia refere que, após algumas diligências, foi possível confirmar as mortes dos empresários nos dias 23 e 24 de Janeiro, bem como a localização dos seus corpos.

Segundo a nota, as diligências permitiram também identificar e deter os autores confessos dos crimes. Fonte da polícia informou que se encontram detidas cinco pessoas.

A polícia recuperou ainda a viatura do cidadão português, em que as vítimas viajaram de Benguela para Matala.

Dados preliminares da polícia determinam que o crime resultou de “um negócio ilícito mal sucedido”, sem que sejam revelados mais pormenores.

No comunicado indica-se ainda que, após a prática dos crimes que ocorreram na localidade de Liculo, os corpos das vítimas foram transportados para a área das Cabanas-Camontanha, comuna do Dongo, município da Jamba, onde foram enterrados pelos autores dos homicídios.

O processo-crime foi remetido para a Procuradoria-Geral da República. Neste momento está em curso o processo de exumação dos corpos para exames médicos legais e consequente trasladação para o município do Lubango, província da Huíla.

Este é o segundo caso de homicídio que envolve cidadãos portugueses. O primeiro foi divulgado no domingo, dando conta da morte de um empresário, de 85 anos, Adérito Florêncio Teté, natural de Trás-os-Montes, que residia na província de Malanje há 60 anos.

A vítima foi encontrada morta no quarto da sua residência, aparentemente agredida por desconhecidos.

Lusa