Depois de tantas subidas, combustíveis vão baixar

Os preços dos combustíveis registaram subidas consecutivas nas últimas semanas, mas na próxima vão baixar. A queda acentuada dos preços do petróleo vai trazer reduções até dois cêntimos.

Têm sido semanas de subidas consecutivas nos preços dos combustíveis. A valorização das cotações do petróleo levou tanto o gasóleo como a gasolina a registarem aumentos expressivos, mas na próxima semana o cenário será bem diferente. Há margem para descidas acentuadas nos valores de venda de ambos. Podem descer até dois cêntimos por litro.

Foram três semanas de aumentos nos preços de venda ao público de ambos os combustíveis, mas no arranque da próxima semana abastecer o automóvel vai custar um pouco menos. São menos 1,5 a dois cêntimos no caso da gasolina. Já no que respeita ao diesel, o combustível mais utilizado no mercado nacional, os cálculos do ECO apontam para uma redução que deverá ficar-se pelos 1,5 cêntimos, descendo para um preço médio de 1,245 euros.

Reservas de gasolina nos EUA fazem tropeçar petróleo

Estas descidas resultam da queda das cotações internacionais de ambos os produtos. No caso da gasolina registou-se uma descida de 3,7%, enquanto no caso do gasóleo o preço médio semanal — que é o considerado pelas petrolíferas na atualização semanal dos valores de venda dos combustíveis — registou uma redução de 3,4%. Quedas acentuadas que traduzem, em parte, a valorização do euro.

A principal explicação para a descida é, contudo, a queda acentuada dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Apesar de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estar a sinalizar que o corte na produção poderá ser estendido, os inventários da matéria-prima continuam elevados, o que coloca pressão nas cotações.

Os preços do petróleo acentuaram a queda depois de os EUA terem revelado que as reservas de gasolina aumentaram, isto quando começa a aproximar-se a época em que o consumo aumenta: a driving season. Este aumento dos stocks levou o barril de petróleo a baixar até perto dos 50 dólares em Nova Iorque e para os 53 em Londres.

 

Fonte: Sapo Economia