Cristina de Jesus: conheça a deputada da Assembleia da República que é candidata do PS à Câmara Municipal de Cantanhede nas próximas eleições autárquicas

  1. Fale um pouco de si, de onde é que é? Qual é a sua ligação a Cantanhede?

Nasci e cresci no Corticeiro de Cima. Como foi o caso de tanta gente da minha geração,também o meu pai foi emigrante. No caso dele, esteve na Alemanha. A minha mãe era costureira.

Fiz o meu ensino primário no Corticeiro de Cima. Depois fui estudar para os liceus de Mira e Cantanhede. Após estes ciclos de estudo, fiz o meu curso em Organização e Gestão de Empresas na Universidade de Coimbra. Hoje, depois de frequentar pós-graduações e outras formações em Saúde, Marketing e Gestão, estou a fazer um doutoramento em Turismo na Universidade de Aveiro.

Sou de cá. Tenho cá a minha família, muitos dos meus amigos e principalmente as minhas raízes. Não há semana que passe em que não venha cá. Sei o que se passa cá sempre em primeira mão. E isto é importante para defender Cantanhede no exercício das minhas funções enquanto deputada à Assembleia da República.

Cristina de Jesus na casa dos Pais – Corticeiro de Cima – 1974

 

  1. Fale um pouco do seu percurso profissional. Considera-se política?

Tenho uma vasta experiência política. Fui presidente da Junta de Freguesia do Corticeiro de Cima durante dois mandatos, vereadora na Câmara Municipal de Cantanhede e hoje sou deputada à Assembleia da República.

A política foi sempre algo que fiz em paralelo com a minha atividade profissional – que foi toda feita, durante mais de 15 anos, na área comercial e de marketing da indústria Farmacêutica Internacional. Por isso, nunca foi a minha profissão. É algo que faço por gosto e para defender a minha terra e quem lá vive.

Em 2012, sem estar a contar, fui envolvida num despedimento coletivo. No entanto, rapidamente tentei dar a volta por cima e criei um negócio na área da agricultura na minha terra – no Corticeiro. Foi uma loja digital de venda de cabazes.

 

  1. É candidata nas próximas eleições autárquicas à Câmara Municipal de Cantanhede, pode falar um pouco deste desafio?

Nada nasce ao acaso. E uma candidatura com este grau de responsabilidade demora muitos anos a preparar. É preciso ter uma experiência muito vasta. No meu caso, começou com os mandatos que exerci na Junta de Freguesia e na vereação na Câmara de Cantanhede. E hoje continua na Assembleia da República onde tenho o enorme prazer de representar Cantanhede.

Ao longo de todo este percurso aprendi muito. É, portanto, já algo que estava a ser preparado há muito tempo.

Cristina de Jesus a intervir na Assembleia da República

 

  1. Já pode adiantar alguns eixos da sua candidatura? 

Como já referi, uma candidatura como esta envolve uma preparação muito grande. Como tal, seria insensato abraçar um projeto desta envergadura se não tivesse antecipadamente um conhecimento profundo do concelho e das suas necessidades e especificidades. Como tal, alicerçada no trabalho de base que tem vindo a ser feito por mim e pela minha equipa, é fácil de identificar alguns eixos que irão pautar o programa eleitoral.

Para além de pretender desenvolver a saúde, educação, cultura e a economia. Até porque com a transferência destas e de outras competências para as autarquias locais, estes sectores são hoje ainda mais fundamentais. É importante, no entanto, não esquecer as nossas raízes. Somos um concelho tradicionalmente agrícola e rural. Esta é a nossa identidade. Por isso, a valorização desta realidade e das suas atividades é, para mim, muito importante. Merece ser alvo de uma estratégia séria e inovadora. E como existem fundos comunitários para esse efeito, basta querer implementá-los.

Outra situação está relacionada com o desenvolvimento do turismo. Como é sabido, esta atividade tem um impacto muito importante na economia nacional. Somos um concelho com sol e mar; com uma atividade vitivinícola e agrícola que nos enche de orgulho. Será que ao desenvolver este sector, não se está também a desenvolver a economia de Cantanhede e consequentemente a nossa qualidade de vida? Eu tenho a certeza que sim…