Condições para captura de sardinha definidas até terça-feira

Os ministros da União Europeia reúnem-se para decidir stocks de pescas. Ministra portuguesa aproveita viagem para se reunir com homóloga espanhola sobre as sardinhas.

Os ministros das Pescas da União Europeia reúnem-se na segunda e na terça-feira para fixar os Totais Admissíveis de Capturas (TAC) e respetivas quotas nacionais de pesca para 2018 no Atlântico, negociações que tradicionalmente são longas. A proposta da Comissão Europeia prevê reduções nas capturas de 23 unidades populacionais de peixes (stocks), num total de 76 recomendações, incluindo de 30% na pescada e de 2% no tamboril em águas nacionais.

Na segunda-feira, a agenda dos trabalhos prevê um primeiro debate entre os ministros da União Europeia (UE) sobre os TAC propostos — com base em pareceres científicos –, seguindo a reunião com temas de agricultura. Na terça-feira, é retomado o tema das oportunidades de pesca para 2018, negociações que se prevêem longas, como habitualmente.

“Há negociações a decorrer com países terceiros e as propostas vão chegar muito perto da reunião”, afirma fonte comunitária. Por outro lado, há sempre uma diferença entre os TAC que Bruxelas propõe e as aspirações dos Estados-membros, sendo que a primeira adota — em regra — uma posição mais conservadora, enquanto os governos nacionais têm os setores da pesca a defender e apresentam os seus próprios pareceres sobre o estado dos stocks.

A agenda da ministra do Mar de Portugal, Ana Paula Vitorino, inclui também, à margem do conselho, uma reunião com a sua homóloga espanhola e o comissário da tutela, Karmenu Vella, sobre o plano de recuperação 2018-2022 para a sardinha, stock sobre o qual Bruxelas não emite parecer e é gerido por Lisboa e Madrid.

No Conselho de Ministros das Pescas da UE será ainda analisada a aplicação faseada da proibição de descargas no mar, sendo que 2018 é o último ano em que é possível deitar ao mar espécies acessórias. A obrigação de desembarque do total das capturas entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2019.

 

Fonte: Jornal Económico com Lusa