Cláudio Cruz: “O que digo aos meus jogadores é que… temos de acreditar!”

Cláudio Cruz é o timoneiro da rapaziada de Portomar. E, como tal, tem a incumbência de escolher as peças certas com as quais tentará fazer uma gracinha perante o favorito, Belenenses.

Homem de trato fácil, olhar tranquilo e explicações precisas, Cláudio Cruz falou à reportagem do Jornal Mira Online como ele, sua equipa técnica e jogadores estão a vivenciar os (longos) momentos que antecedem o encontro de sábado pela Taça de Portugal.

“Vai ser extremamente difícil, nós bem sabemos, mas acredito que teremos 2% de hipóteses de vencer este jogo… e é a esta pequena margem que nos agarraremos com unhas e dentes”, começa por referir o treinador do Domus Nostra para, mais a frente, rematar: “Este é daqueles jogos em que toda a gente gosta de jogar, de estar presente e sentir a pressão”.

Ciente da enorme dificuldade que seus jogadores terão perante à equipa de Alípio Matos, um senhor do futsal nacional, Cláudio afirma peremptoriamente que a sua equipa tem uma “grande vantagem sobre o adversário deste encontro: o querer e o perceber que nada temos a perder”. O que ele e seus jogadores querem, mesmo, “é dar ao público presente, o melhor de nós, das nossas capacidades físicas, técnicas e psicológicas… temos de dar uma boa imagem aos nossos adeptos, transmitindo-lhes o orgulho que temos em suarmos a camisola deste clube!”

Quando questionado sobre uma eventual derrota por números expressivos e se isto poderá afetar o resto da época, Cláudio Cruz é extremamente pragmático na sua análise à questão: “Não acredito. Até porque, o que tínhamos a perder a nível de concentração, já aconteceu no passado sábado: quando fizemos a longa viagem até a Pampilhosa, só ouvi os jogadores a falarem do Belenenses e nunca do Pampilhosense. Como resultado, trouxemos uma derrota que nos serve de lição. Por isso, posso dizer que, aconteça o que acontecer, estes jovens sairão mais fortalecidos emocionalmente para o resto daquele que é o nosso grande e único objetivo: o campeonato, pois a Taça de Portugal tem sido um enorme prémio para a dedicação deles”.

Sendo honesto para com a sua linha de pensamento, o mister da equipa de Portomar diz que preferiu, desde o momento em que o Boavista foi eliminado, que “nos caísse uma outra equipa da segunda divisão nacional, por todos os motivos, ao contrário do que era o desejo da direção, que sempre quis receber uma equipa primodivisionária”.  Mas, foi isso o que ditou o sorteio e “é com muita ambição, muita garra e amor à camisola que o forte Belenenses pode nos esperar, no próximo sábado. Medo? nenhum! Respeito? sim, um enorme respeito pelo adversário, mas isto é coisa que acontece nesta casa durante todos os finais de semana, seja qual for o adversário”

E é assim, com uma arma chamada confiança, que a equipa de Cláudio Cruz terá de entrar em campo. Uma equipa moldada à imagem do seu treinador, que tratará de procurar a felicidade, pois ela é construída pouco a pouco e nunca, mesmo nunca, cai do céu.

Pela noite de sábado, todos saberemos o resultado final: até lá, este acarinhado mister procurará injetar adrenalina nos seus comandados, para que estes possam fazer um (outro) enorme estrago nas contas desta Taça de Portugal.

Resta aguardar que as horas passem rapidamente, para que o jogo do século do Domus Nostra tenha início…

 

 

Jornal Mira Online