Circulação condicionada na zona da Casa da Cultura de Cantanhede

Remodelação da ex-ETPC a isso obriga
Na próxima segunda feira, 14 de outubro, será iniciada a remodelação do edifício onde, até setembro de 2014, funcionou a Escola Técnico Profissional de Cantanhede (ETPC), obra que pela sua dimensão e amplitude obriga a um certo condicionamento do trânsito viário e à alteração da circulação pedonal, de modo a acautelar a segurança dos transeuntes nas ruas da área de implantação da Casa Municipal da Cultura, que será, também ela, objeto de requalificação no âmbito da empreitada.

A intervenção incidirá nos dois imóveis contíguos, na confluência da Rua dos Bombeiros Voluntários e da Rua General Humberto Delgado, esta no limite nordeste do Largo Cândido dos Reis.

O condicionamento da circulação, sobretudo de peões, permanecerá durante todo o período de execução dos trabalhos que deverão prolongar-se durante um ano, estando prevista no caderno de encargos a demolição de algumas paredes junto à via pública, designadamente nas da ex-ETPC viradas a norte, onde serão instalados tapumes para delimitar a área onde se vai desenrolar a obra, obrigando por isso à supressão do passeio e das três passagens de peões existentes.

O mesmo se passa junto à fachada frontal da Casa Municipal da Cultura, cuja faixa pedonal é suprimida em função da necessidade de colocação de andaimes, situação que impõe ainda a eliminação a passagem de peões para o Largo Cândido dos Reis, bem como a ocupação de uma das vias da Rua General Humberto Delgado ao longo de cerca de 30 metros, até ao cruzamento com a Rua dos Bombeiros Voluntários.

Adjudicada por 1.901.640 euros, a empreitada de remodelação da ex-ETPC e requalificação da Casa Municipal da Cultura faz parte do Programa Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Cantanhede que está em curso com investimentos em várias vertentes. Neste caso, o objetivo é promover a integração dos dois imóveis, redimensionando as áreas de modo a criar um equipamento cultural unificado nos termos de uma solução arquitetónica que potencia novas funcionalidades e que visa também revitalizar uma zona urbana estruturante no coração da cidade.

Com incidência numa área de 3.800 m2, o projeto prevê a demolição do edifício da ex-ETPC e a reabilitação do alpendre da parte posterior da Casa da Cultura, que funcionará como elemento configurador da justaposição, de acordo com “uma estratégia de preservação de uma memória urbana através da continuidade da sua materialidade” e contemplando a valorização das condições para o fim a que se destina, incluindo os aspetos técnicos e de climatização dos edifícios, bem como a substituição ou reparação dos componentes que se encontrem obsoletos.

Relativamente à envolvente, a requalificação passará pela valorização do espaço público, através de uma reinterpretação do seu enquadramento com todo o edificado de modo a potenciar a sua expressividade arquitetónica.

No que diz respeito aos instrumentos de gestão territorial, o projeto em execução salvaguarda os valores culturais, arquitetónicos, urbanísticos e paisagísticos da zona em que se inserem os imóveis.