Ciclo de Teatro de Cantanhede começou com homenagem a Manuel da Silva Barreto

A 22.º Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede começou com casa cheia na sede da Associação Cultural e Desportiva do Casal, cujo grupo cénico estreou o seu espetáculo perante uma assistência de cerca de 300 pessoas. Foi no dia 1 de fevereiro que a jornada inaugural do certame serviu também para o encontro das associações intervenientes, que na ocasião receberam da presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, os certificados de participação emitidos pela autarquia.

Momento alto da sessão foi a homenagem a Manuel da Silva Barreto, autor de “Não Matem o meu Filho”, “Médico de Família” e “Vamos Cortar na Casaca 2020”, textos encenados este ano pelo Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal, tal como aconteceu em todas as anteriores edições do ciclo de teatro. Por isso, foi distinguido com um “Diploma de Reconhecimento Cultural” atribuído pela Câmara Municipal, que nesse âmbito também editou em livro a mais recente peça que Manuel da Silva Barreto escreveu para a companhia teatral de que foi fundador e grande animador desde a sua origem, em 2004.

No prefácio, Helena Teodósio lembra o papel fundamental de Manuel da Silva Barreto a esse nível, um papel que tem sido particularmente visível no ciclo de teatro, destacando “as suas preocupações culturais e o seu singular sentido de missão relativamente aos deveres de cidadania nos múltiplos movimentos de que tem feito parte desde muito novo, nos quais tem desempenhado funções de relevo como impulsionador de dinâmicas coletivas geradoras de indiscutíveis benefícios para toda a comunidade”.

A autarca sublinha ainda que “o amplo reconhecimento de que desfruta nessa e noutras facetas da sua vida tem tudo a ver com o entusiasmo com que abraça causas edificantes em vários domínios, contribuindo assim para a harmonização das relações sociais e para a consolidação de uma cultura cívica que engrandece os cidadãos”.

Sobre a edição deste ano do ciclo de teatro, Helena Teodósio referiu que “o evento está estruturado em função daquilo que do ponto de vista do Município parecem ser os interesses das coletividades envolvidas” e apelou ao contributo de todos “com sugestões que de algum modo possam melhorar aspetos do modelo que tem vindo a ser seguido. Este é seguramente um dos maiores eventos de teatro amador do país, senão o maior, mas nós temos a ambição de ir sempre mais longe, dando ainda maior expressão ao extraordinário trabalho que as associações desenvolvem neste âmbito”.

Promovido pela Câmara Municipal, o Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede tem por objetivo fomentar a revitalização da atividade teatral, mobilizando para o efeito as associações locais. Trata-se de uma ampla ação cultural que na edição deste ano envolve mais de 350 pessoas, entre atores e outros elementos que asseguram diversas tarefas inerentes à produção e montagem dos espetáculos.

Durante dois meses, todos os fins de semana, haverá a apresentação de, pelo menos, duas peças de teatro numa das freguesias onde desenvolvem intervenção cultural as coletividades que vão dar corpo ao ciclo de teatro, em algumas datas com representações simultâneas em diferentes locais.