Ciclo de Teatro Amador regressa aos palcos em Cantanhede, Sanguinheira, Zambujal (Cadima), Vila Nova de Outil, Febres e Ourentã

A quarta jornada do Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede está agendada para o próximo fim-de-semana com seis espetáculos, entre os quais duas estreias de grupos cénicos que iniciam a sua participação no certame promovido pela Câmara Municipal.

É assim que, já no próximo sábado, 24 de fevereiro, a partir das 21h30, o Grupo de Teatro São Pedro sobe ao palco do auditório do Centro Paroquial de S. Pedro, em Cantanhede, para representar pela primeira vez Da Mouraria a Alfama, um musical que retrata as tradições dos bairros típicos de Lisboa, na primeira metade do séc. XX. Escrita por Dulce Sancho, Sónia Silva e Leonor Moura, a peça desenrola-se em torno da vida de uma família migrante originária de Ovar que se muda para Lisboa em busca de melhores condições de vida, gente simples com um quotidiano que permite mostrar o dia-a-dia das mais típicas zonas alfacinhas.

Outra estreia é a de Três em Lua-de-mel e Outros Sketches, comédia que o Grupo de Teatro Renascer do Centro Social de Recreio e Cultura da Sanguinheira vai representar para a sua comunidade no salão paroquial local, também às 21h30 de sábado. O espetáculo tem como personagem central Madalena, que, já casada em segundas núpcias, é confrontada com o regresso do primeiro marido, que ela julgava morto num acidente de avião. É então que os acontecimentos se precipitam numa casa onde vários equívocos geram a maior das confusões.

Igualmente no sábado, à mesma hora, o Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal cumpre a sua ação de itinerância na sede do Clube União Vilanovense para representar “Confissões” e “Vamos Cortar na Casaca – 2018”, dois originais de Manuel da Silva Barreto. “Confissões” é uma comédia em que várias personagens com diferentes maneiras de entender o que é ou não é pecado vão à confissão, onde tentam provar ao Padre Confessor que as suas eventuais falhas só podem ser culpa de outrem. Já “Vamos Cortar na Casaca 2018” é uma rábula a partir de uma entrevista a presidentes de três entidades políticas – de âmbito nacional, municipal e local –, que são confrontados com perguntas embaraçantes da parte de jornalistas, munícipes e fregueses.

Ainda no sábado, às 21h30, o Cordinha d’Água, Teatro do Rancho Folclórico “Os Lavradores” de Cordinhã apresentará “Eva, a Pequena Estrela”, um original de Manuel Tomé, no Pavilhão Multiusos de Febres. A história de Eva, uma menina de seis anos, desenrola-se entre o Brasil e Portugal, quando ela entra inocentemente num porão de um barco de traficantes de animais que a leva até Terras de Vera Cruz. Peça centrada no convívio da criança com os bichos, “num enredo impregnado de ternura, lealdade, amizade, amor e, sobretudo, de vontade de vencer”.

A jornada de sábado inclui a visita do Grupo de Teatro Experimental “A Fonte”, de Murtede, à Associação Juvenil do Zambujal e Fornos para apresentar Tudo isto é Teatro. Com início às 21h30, na sede da Associação Cultural e Recreativa do Zambujal, a peça é da autoria de Cristina Serém, que contou para o efeito com a colaboração de outros elementos do grupo. Tudo isto é Teatro é uma composição de quatro quadros revisteiros que têm como aliciante “uma constante e divertida interação com o público. Dois desses quadros recriam programas televisivos em que “a seriedade dos factos relatados contrasta com os equívocos a que dizem respeito”, enquanto os outros se reportam “a grandes aventuras ocorridas numa floresta que gera o contexto propício a enganos, situações hilariantes e surpresas. Um espetáculo de pendor popular bem ao jeito do Grupo de Teatro Experimental “A Fonte”.

No domingo, 25 de fevereiro, é a vez de o Grupo de Teatro “As Fontes do Zambujal” da Associação Juvenil do Zambujal e Fornos se deslocar ao salão do Centro Social e Polivalente de Ourentã para representar O Funeral das Bestas. Com início às 15h30, esta comédia de Jorge Gomes de Oliveira tem como cenário o suposto velório de um empresário endinheirado, onde a viúva recebe pessoas das múltiplas relações do falecido. Equívocos e revelações inesperadas geram situações hilariantes que adquirem ainda maior expressão face à solenidade do momento.

 

 

Sobre o Grupo de Teatro S. Pedro

Nascido do grupo Coral Litúrgico da Paróquia de Cantanhede, em 2005, com a realização dos primeiros ensaios, o Grupo de Teatro S. Pedro juntou o gosto de cantar e o gosto da representação com a dedicação à causa da Igreja local e preparou a sua primeira apresentação para a inauguração do Centro Paroquial S. Pedro, em junho de 2006.

Tratou-se de um musical intitulado “Festa na Aldeia” que contou maioritariamente com elementos do grupo litúrgico e do Grupo de Jovens de Cantanhede e cujo primeiro objetivo era angariar fundos para o referido Centro. Dada a grande aceitação por parte do público da cidade e do concelho, integrou, em 2007, o IX Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede, organizado pela Câmara Municipal.

Em 2008 participou no X Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede com o musical “J.C. Ontem, Hoje e Sempre” que reapresentou na edição anterior com os devidos ajustes. Em 2009, levou a palco “Recordar… e viver…”, no ano seguinte representou “Tributo ao passado” e em 2011 “De malas feitas”. Em 2012, participou no Ciclo de Teatro com a peça “Uma história com fado”, no ano em que o mesmo foi classificado pela UNESCO Património Imaterial da Humanidade.

Fazem parte deste grupo cerca de 25 atores, jovens e adultos e é sua orientadora Maria Dulce Sancho, autora dos textos com o grupo se apresenta, não dispensando todas as colaborações dos elementos do Grupo.

 

Sobre o grupo Teatro Renascer da Sanguinheira

O Grupo de Teatro Renascer é uma secção do Centro Social de Recreio e Cultura da Sanguinheira (C.S.R.C.S.), a associação com atividade cultural (organizada) mais antiga da Freguesia da Sanguinheira, estreando-se ao público pela primeira vez em 26 de março de 1981.

O Grupo surgiu da vontade de um conjunto de jovens representar. Iniciou a sua atividade nessa altura para não mais cessar e levar continuamente a palco, todos os anos, peças de autores consagrados, como também algumas escritas por elementos ligados ao grupo, tanto da Sanguinheira como de outras localidades.

Para além das peças de teatro, que tem apresentado publicamente durante os largos anos de existência, os elementos do grupo também participaram em várias edições da Feira Medieval de Coimbra, como figurantes, e entre os seus associados encontramos os fundadores da primeira associação da Freguesia da Sanguinheira (C.S.R.C.S.).

 

Sobre o Grupo de Teatro da ACDC – Associação Cultural e Desportiva do Casal

O Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal foi fundado em 24 de outubro de 2004, sendo constituído na altura por 16 elementos. Estreou-se em palco no dia 26 de dezembro do mesmo ano com a realização de Festa de Natal/Teatro levando a palco variedades das quais se salienta a comédia “O cliente tem sempre razão” da autoria de Manuel Silva Barreto.

A 29 de janeiro de 2006 levou a palco, em conjunto com outras peças, a comédia da autoria de Manuel Silva Barreto “Médico de Família” que foi também apresentada em maio de 2008, pelos mesmos atores, na festa dos Missionários Combonianos em Coimbra.

A 17 de março de 2007, o grupo representou, entre outras, duas peças de Teatro da autoria de Manuel Silva Barreto, o drama “Vida e Morte de Santa Iria” e a comédia de “A falar é que a gente se entende”.

No ano de 2008 foram novamente apresentadas peças cómicas da autoria de Manuel Silva Barreto, nomeadamente “O Trata Tudo”; “Encontro de Velhas Amigas” e “Vamos Cortar na Casaca”. Esta sessão de teatro teve repetição na sede da coletividade a 23 de fevereiro, e em Alqueidão a 2 de março do mesmo ano.

A 7 de março de 2009 o grupo levou a palco um drama e duas peças cómicas da autoria de Manuel Silva Barreto, “Vida ou Morte – uma questão de consciência”, “Parto Complicado” e “Vamos cortar na casaca”.

No ano seguinte o grupo encenou as peças “O Polícia – Autoridade sem Autorização” e “A Estrela do Circo”, de autor desconhecido, ao que se juntou a versão atualizada de “Vamos cortar na Casaca – 2010” da autoria de Manuel da Silva Barreto.

A participação do grupo na 13.ª edição do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede concretiza-se com a encenação de “Os Fora da Lei”, “Isto é volta de Bruxedo” e “Vamos Cortar na Casaca – 2011”, trabalhos da autoria de Manuel da Silva Barreto.

E em 2012, assumindo uma vez mais a abertura do Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede, o grupo apresenta de novo três peças originais, também da autoria de M.S. Barreto, ”A Partilha”, “Namoro Proibido” e “Vamos Cortar na Casaca – 2012” e na edição anterior deste Ciclo de Teatro o grupo estreou uma nova peça, intitulada “A Herança” leva a palco mais três comédias originais, à qual se juntou a atualização da sátira cantada “Vamos Cortar na Casaca”.

Em 2013, levou a palco as comédias “Encontro de velhas amigas”, “Eu sou um grande médico” e “Vamos cortar na casaca – versão 2013”. Em 2014 encenou “A herança” e “Vamos cortar na casaca – versão 2014”. Em 2015 apresentou-se com “Projeto industrial de dois palhaços”, “Geração de viúvas” e “Vamos cortar na casaca – versão 2015”. Em 2016 encenou “Vida ou morte: uma questão de consciência”, “Um falso confessor” e “Vamos cortar na casaca – versão 2016” e na anterior edição do certame “Experiência Fatal”, “Namoro Confuso” e “Vamos cortar na casaca – 2017 Versão Parlamento Aberto”

 

 

Sobre o Rancho Folclórico “Os Lavradores” de Cordinhã

O grupo foi fundado em 19 de outubro de 1978 por iniciativa do pároco da freguesia, chamado Fernando, e de um grupo de pessoas convidadas para o efeito, entre elas o músico Arsénio Cavaco. Cinco anos depois, mais propriamente no dia 17 de fevereiro de 1983, foi legalizado por escritura pública no Cartório Notarial de Cantanhede e publicado no Diário da República III Série, n.º 81 de 8-4-1983 como Associação Cultural e Recreativa, denominada Rancho Folclórico de Cordinhã.

Este rancho esteve em atividade 15 anos consecutivos seguindo-se um breve interregno de cerca de três meses. Posteriormente reiniciou a sua atividade com a designação de Rancho Folclórico “Os Lavradores” de Cordinhã, que ainda hoje mantém.

Neste momento, ao grupo de adultos junta-se o grupo juvenil-infantil composto por 20 crianças, servindo simultaneamente de escola de folclore.

Integrado nesta associação está o grupo Cordinha d’Água Teatro, composto por pessoas de todos os escalões etários, que participa nos Ciclos de Teatro da Câmara Municipal de Cantanhede e nos Ciclos de Teatro organizados pelo INATEL, onde se encontra inscrito.

 

Sobre o Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede

O Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede foi fundado em 2000 por 24 jovens da freguesia. Esta associação juvenil tem atualmente cerca de 80 associados e é filiada no INATEL e no Instituto Português da Juventude.

Da sua atividade no campo das artes cénicas destaca-se a apresentação regular de peças de teatro em produções que têm registado o reconhecimento do público e das entidades que têm apoiado o trabalho do grupo, nomeadamente a Câmara Municipal de Cantanhede, a Junta de Freguesia de Murtede, o INATEL, o Instituto Português da Juventude (IPJ) e a Delegação Regional do Centro do Ministério da Cultura.

Além da sua participação regular em diversos espetáculos de Teatro, desenvolve também outro tipo de ações culturais, com destaque para Danças na Minha Aldeia, encontro com animação em diversas vertentes musicais que se realiza na segunda quinzena de maio, concertos de música sacra, convívios e iniciativas não só com os seus associados mas também com outros habitantes da comunidade, como é o caso do programa de OTL – Ocupação de Tempos, da responsabilidade do IPJ.

O Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede participa também regularmente na EXPOFACIC e desenvolve algumas parcerias na organização de eventos promovidos pela Junta de Freguesia de Murtede e a Câmara Municipal de Cantanhede.

 

Sobre o Grupo de Teatro As Fontes do Zambujal

O Grupo de Teatro “As Fontes do Zambujal” foi constituído em 1996 e é composto atualmente por cerca de 20 elementos, maioritariamente das localidades de Zambujal e Fornos. A sua designação é uma referência às quatro fontes de origem romana que existiram no Zambujal, designadamente Fonte de Rodelos, Fonte Má, Fonte Perto e Fonte Seca.

As raízes desta formação teatral podem ser encontradas em 1954, mais precisamente em 27 de maio, data em que foi fundado um agrupamento com o nome “Viva O. R. Zal” (Viva o Rancho do Zambujal). A iniciativa partiu de alguns indivíduos da comunidade que pretendiam desenvolver atividades de lazer para preencher os seus tempos livres, assim como manter vivas a tradição e a autenticidade dos trajes danças e cantares do Zambujal.

Depois de uma interrupção de alguns anos, o Grupo retomou o seu funcionamento em 1992, sob a nova designação de Grupo Folclórico “Os Malmequeres do Zambujal”. Em julho de 1995, passou a integrar a Associação Juvenil do Zambujal e Fornos, mais precisamente a sua secção de folclore, e em 1996 filiou-se no INATEL.

É nessa mesma altura que surge o Grupo de Teatro “As Fontes do Zambujal” que inicia um trabalho de produção teatral regular apresentando uma a duas peças anualmente, por altura da quadra natalícia e participando no Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede, desde a sua primeira edição.

Em 1998, faz a sua primeira apresentação fora da terra, mais precisamente nas Franciscas, no âmbito do I Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede, com as peças “Falar Verdade a Mentir” e “O Senhor”. No ano seguinte faz um périplo por várias localidades do Concelho de Cantanhede com as produções “O Céu da Minha Rua” e “Terra Firme”. Muitas outras produções se seguiram interpretando um eclético repertório como “Dois Maridos em Apuros”, “O Padre Piedade”, “A Carta Anónima”, “O Processo de Mário Dâmaso”, “As Rosas de Nossa Senhora”, “Mendonça & Mendonça” e “Falar Verdade a Mentir” de Almeida Garrett.