Cerca de 270 baleias estão encalhadas numa área remota da Tasmânia

Cerca de 270 baleias piloto ficaram encalhadas numa área remota da ilha da Tasmânia, no sul da Austrália, e três baleias corcundas conseguiram encontrar o caminho do mar após permanecerem num rio infestado de crocodilos no norte do país.

As baleias piloto foram vistas encalhadas hoje em bancos de areia ao largo da ilha australiana da Tasmânia e as autoridades lançaram medidas para o resgate dos animais, na costa oeste da ilha.

Especialistas acreditam que as baleias se encontram num banco de areia nas margens de Macquarie Heads, uma área florestal protegida, informou o governo regional da Tasmânia.

Não é a primeira vez que um grupo de baleias fica preso nas praias da Austrália por motivos que os especialistas desconhecem.

Em incidentes anteriores, a comunidade científica considerou a possibilidade de as baleias chegarem à costa atraídas pelos sonares de grandes navios ou guiadas por um líder de grupo desorientado devido a alguma doença.

Alguns especialistas acreditam que são animais sociais e se um deles comete um erro e entra em águas rasas é seguido pelos demais.

No norte da Austrália, uma baleia corcunda conseguiu nadar por canais rasos na ampla foz do rio East Alligator e voltar ao Golfo de Van Diemen no fim de semana, disse o responsável do Parque Nacional de Kakadu, Feach Moyle.

Não houve avistamentos anteriores de baleias no remoto rio East Alligator, no Parque Nacional Kakadu, localizado no Território do Norte – listado como Património Mundial – e ninguém pode explicar porque pelo menos três dos mamíferos se deslocaram para o interior de um rio com pouca visibilidade.

“Saiu com a maré alta e estamos satisfeitos por parecer estarem em boas condições e sem sofrer quaisquer efeitos nocivos”, disse Moyle.

Um grupo de velejadores recreativos havia avistado três baleias perdidas em 02 de setembro, a mais de 20 quilómetros da foz do rio.

Duas das baleias desapareceram antes da chegada das autoridades responsáveis pela vida selvagem, uma semana depois.

Fonte e Foto: Lusa