CERC – Conselho Empresarial da Região de Coimbra “Unidos por uma Região”

Associações empresariais exigem apoios claros e objetivos

Reunidas na manhã deste dia 11 de fevereiro de 2021 com os meios de comunicação social da região de Coimbra, em conferência de imprensa, as associações que em consórcio constituem o CERC – Conselho Empresarial da Região de Coimbra, elencaram muitas das suas preocupações “com a atual inércia e descoordenação das entidades competentes na gestão dos apoios às empresas e falta de clareza nos seus critérios”.

Estiveram presentes as seguintes associações empresariais: ACIBA – Associação Comercial e Industrial da Bairrada e Aguieira, ACIFF – Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, ADEC – Associação de Desenvolvimento Empresarial de Condeixa, ADI – Agência de Desenvolvimento Integrado Tábua e Oliveira do Hospital, AEC – Associação Empresarial de Cantanhede, AEDP – Associação Empresarial de Poiares, AEM – Associação Empresarial de Mira, AES – Associação Empresarial de Soure, AESL – Associação Empresarial Serra da Lousã, APBC – Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, CEMC – Clube Empresários Mirando do Corvo, NEP – Núcleo Empresarial de Penela e NERC – Associação Empresarial da Região de Coimbra.

As associações unidas em consórcio representam mais de 15.000 empresas sediadas nos 19 municípios da Região de Coimbra e representam um volume de negócios superior a 10 mil milhões de euros. 

Atuando a uma só voz, na representação e defesa dos interesses do Comércio, Serviços, Indústria e Turismo da Região de Coimbra, as associações “constituem o principal interlocutor entre as Empresas e Empresários da Região Coimbra com a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM), bem como da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), do Governo Português e demais entidades públicas e privadas”.

Entre as muitas das preocupações apresentadas pelo tecido empresarial da Região de Coimbra, destacam-se as seguintes:

  1. Apoios à família devem ser comparticipados a 100% pelo estado, atualmente o funcionário recebe 66% de salário e a empresa suporta 33% (ou seja, as empresas suportam 50% da remuneração recebida pelo colaborador). Pretende-se que o trabalhador não perca rendimento, para não afetar o consumo com efeito negativo na economia circular e que as empresas não tenham que suportar um custo com um colaborador que não está disponível, numa fase de quebras resultante do confinamento.
  2. Alargar o apoio do Estado, na comparticipação aos testes à Covid-19, que neste momento estão a ser suportados pelas empresas. Resultando num avultado esforço das empresas, com o objetivo de salvaguardar a saúde dos seus trabalhadores e cumprimento dos contractos assumidos com os seus clientes.
  3. As regras de isolamento profilático e acompanhamento a filhos menores de 12 anos, devem ser claras e uniformes em todo o país. É importante que as regras do isolamento profilático sejam uniformes e claras em todo o país, quem, como e duração de quem deve ficar em isolamento profilático. Relativamente a assistência de menores temos assistido a alguns “braços de Ferro” entre empresários para ver quem é o conjugue que fica em casa com os filhos. É importante que as regras sejam claras e justas evitando conflitos desnecessários e em que habitualmente ganha o empresário mais intransigente, gerando uma sensação de injustiça.
  4. Alargar os apoios a mais empresas, que neste momento apenas contempla as empresas com quebras de faturação acima dos 25%. Por exemplo muitas empresas viram-se obrigadas a vender todos os seus produtos a preços de saldos para assim escoar o stock e realizar “dinheiro”, o que permitiu quebras de faturação abaixo de 25%, (muitas entre os 10% e os 20%) com margens muito perto de zero, penalizando a tesouraria desta empresa para futuros compromissos e investimentos. É urgente criar novos apoios, mais claros e objetivos que cheguem a mais empresas, pois a crise está a chegar a todos os sectores e a todas as empresas sem exceção.
  5. Criar linhas de apoios para as Associações Empresariais que neste momento desenvolvem um papel fulcral, desde a identificação e divulgação das medidas de apoio, na verificação da elegibilidade das empresas, no apoio às candidaturas, e que com os seus escassos meios, estão empenhadas em ajudar o máximo de empresas possível, mas sem apoios extra do estado será muito difícil a manutenção destes apoios.

Aquelas Associações consideram ser “urgente a resolução da maioria dos constrangimentos do tecido empresarial da Região Coimbra, para uma rápida e sustentada recuperação da economia e para que as empresas prosperem”.

Por isso – ccontinuam – “perante esta nova realidade (COVID 19) e as dificuldades que as empresas atravessam neste momento sem precedentes, é urgente que os nossos governantes no imediato disponibilizem e reestruturem todas as medidas de apoio já anunciadas para a adaptação das empresas, por forma a que a nossa economia não entre em rutura, para que juntos possamos lutar pela manutenção do maior número de empresas e assim “conter” a subida abrupta da taxa de desemprego dos últimos meses”.