CEARTE no reconhecimento do maior centro oleiro da Península Ibérica

São Pedro do Corval passa a ser o maior centro oleiro do pais e da Península Ibérica  ao nível dos artesãos reconhecidos e unidades produtivas artesanais. Com esta distinção atribuída aos executantes a olaria de São Pedro do Corval reforça o seu valor patrimonial, social, de sustentabilidade e, sobretudo, o seu valor económico.

A Casa do Barro, também conhecida como Centro de Interpretação da Olaria de São Pedro do Corval, no concelho de Reguengos de Monsaraz e distrito de Évora, foi o local bem escolhido para a cerimónia recente de entrega de cartas de  reconhecimento de artesão e unidade produtiva artesanal.

No total, foram entregues 73 Cartas, das quais 19 Cartas de Unidade Produtiva Artesanal, correspondendo a outras tantas oficinas e 54 Cartas de artesão (34 de pintura de cerâmica, 3 de cerâmica de construção e 17 de oleiro).

A cerimónia contou com uma mesa alargada composta pelo presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, José Calixto; pelo Delegado regional do IEFP do Alentejo, Arnaldo Frade; pela representante da Direção Regional de Cultura do Alentejo, Ana Cristina Pais e pelo CEARTE, através do seu Diretor, Luís Rocha.

A partir de agora, São Pedro do Corval passa a ser é o maior centro oleiro do pais e da Península Ibérica. Com esta distinção atribuída aos executantes a olaria de São Pedro do Corval aumenta, o território alentejano reforça o seu valor patrimonial, social, de sustentabilidade e, sobretudo, o seu valor económico.

Este foi um processo que envolveu a generalidade das oficinas e dos artesãos do território de São Pedro – caso único no país -, e só foi possível graças ao envolvimento e capacidade de mobilização da Câmara Municipal de Reguengos, da Junta de Freguesia de S. Pedro do Corval e do CEARTE.

Como sintetizou o Diretor do CEARTE, ao fechar a sessão: ”Para ter um sector do artesanato forte, em desenvolvimento e com futuro, temos que valorizar os seus profissionais, aqueles que o mantém vivo no dia a-dia – os artesãos. Esta cerimónia é exemplo disso mesmo”.

A partir de agora, cada Olaria pode aceder a um conjunto de apoios e benefícios dos quais se destacam:

  • Acesso a apoios e benefícios que o Estado atribua (formação, participação em feiras de artesanato etc.
  • Possibilidade de sinalizar e diferenciar os seus produtos, através da utilização do símbolo do reconhecimento como artesão, ou unidade produtiva artesanal
  • Participar, de forma muito vantajosa, no programa Portugal Sou Eu
  • Acesso regular a informação de interesse para o sector, difundida aos artesãos e unidades produtivas artesanais constantes do Registo Nacional do Artesanato
  • Acesso à certificação da Olaria de São Pedro do Corval quando a mesma estiver implementada.

Registe-se que o Estatuto do Artesão consubstanciado na carta de artesão e a carta de unidade produtiva artesanal (UPA) é um reconhecimento regulado pela Portaria nº 1193/2003 de 13 de Outubro, que constitui um instrumento jurídico de base que enquadra, define e regula o conjunto de atividades económicas associadas às artes e ofícios, contribuindo para a dignificação do sector e seus profissionais cuja competência de atribuição é do IEFP que protocolou com o CEARTE a tramitação de todo o processo, designadamente o tratamento administrativo e a avaliação técnica dos processos para emissão e renovação da Carta de Artesão e Unidade Produtiva Artesanal (UPA). Ao CEARTE compete ainda a gestão do registo Nacional do Artesanato.

Ao abrigo do Estatuto referido foram atribuídas, até à presente data, 4.500 cartas de artesão, que correspondem a 4.124 Unidades Produtivas Artesanais.

Em junho de 2019 estavam registadas no Registo Nacional do Artesanato 3.117 artesãos portadores de carta de artesão e 2.814 Unidades Produtivas Artesanais.