Brasil prende 15 pessoas em operação contra o tráfico com apoio de Portugal

A Polícia Federal brasileira (PF) prendeu hoje pelo menos 15 pessoas no âmbito de uma operação contra o tráfico de droga, com apoio de Portugal, visando um grupo que subornava funcionários de aeroportos para enviar cocaína à Europa.

A chamada “Operação Bulk” foi realizada com a participação de uma centena de agentes que cumpriram até agora 15 dos 23 mandados de prisão emitidos, conforme confirmado pela autoridade policial num balanço preliminar.

As medidas acontecem, simultaneamente, nos municípios de São Paulo, Sorocaba, Guarulhos e Praia Grande, expedidos pela 5ª. Vara Federal de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

Segundo nota da Polícia Federal brasileira, “também é cumprido um mandado em Portugal, determinado pelo poder judiciário, em virtude de difusão vermelha transmitida pela Interpol, após representação da Polícia Federal”.

Durante a ação policial, imóveis e veículos automotores foram confiscados e as contas bancárias dos envolvidos foram bloqueadas, somando todos os recursos a 53 milhões de reais (cerca de 9,6 milhões de euros).

As investigações vinham desde o ano passado e contaram com apreensões de 887,5 quilos de cocaína em nove operações diferentes, três em Guarulhos, outras três em Amesterdão, duas em Lisboa e uma em Frankfurt.

“A organização criminosa agiu cooptando funcionários e prestadores de serviços aeroportuários para introduzir a droga no interior da aeronave”, que sempre partia em voos comerciais do Aeroporto Internacional de Cumbica, no município de Guarulhos, e que opera para São Paulo, citou o comunicado da Polícia Federal brasileira.

Segundo as informações, havia uma organização hierárquica que coordenava toda a logística de fora do aeroporto, como armazenamento de grandes quantidades de drogas e negociações com destinatários na Europa.

Os detidos foram transferidos para a sede da polícia em São Paulo e terão que responder perante a Justiça pelos crimes de tráfico de drogas e associação criminosa, com penas que variam entre 10 e 25 anos de prisão.

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