AVISO À POPULAÇÃO: PRECIPITAÇÃO, NEVE, VENTO e AGITAÇÃO MARÍTIMA

  1. SITUAÇÃO

 

No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) realizado hoje, 09 de Janeiro, pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), prevê-se um agravamento das condições meteorológicas nas próximas horas, esperando-se o período mais crítico entre as 08:00 horas de amanhã, 10 JAN, e as 08:00 horas do dia seguinte, 11 JAN.

Destacamos:

Intensificação da precipitação (com especial incidência no litoral Norte) com valores que podem atingir 20 mm em 12 horas (no período das 9:00 e as 21:00 de 10 JAN) a norte do sistema montanhoso Montejunto/Estrela, não sendo de excluir a possibilidade de queda de granizo no litoral Norte, bem como a ocorrência de neblina, gelo ou geada no interior Norte e Centro (serras de Montemuro e parte da Estrela);

Queda de neve no período entre as 15:00 e as 21:00 de 10 JAN, a partir da cota dos 1000/1200 metros, nos distritos de Bragança, Vila Real, Viseu e Guarda e, com especial intensidade, nas serras da região Norte (Padrela, Marão,Montemuro e parte da Serra da Estrela);

Vento a soprar forte com rajadas até 65 km/h, no litoral Norte e Centro, podendo alcançar os 85 km/h nas terras altas.

Agitação marítima com ondas de noroeste com altura de 4/5 metros, em toda a costa ocidental, a partir da manhã de 10 JAN e até ao final da tarde de 11 JAN, podendo aumentar para os 5/6 metros (altura máxima a chegar aos 10 metros) durante a tarde de 10 JAN e a manhã de 11 JAN, nos distritos a Norte do Cabo Raso (Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa).

 

  1. EFEITOS EXPECTÁVEIS

 

Face à situação acima descrita, podem verificar-se os seguintes efeitos:

  • Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;
  • Cheias rápidas (em meio urbano) e inundações por acumulação de águas pluviais ou insuficiência dos sistemas de drenagem, nomeadamente agravadas durante os períodos de preia-mar;
  • Inundações devido ao transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
  • Inundações em estruturas edificadas subterrâneas devido a condições de drenagem deficientes;
  • Danos em estruturas montadas ou suspensas;
  • Queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
  • Acidentes na orla costeira;
  • Instabilidade de vertentes e taludes associados à perda de consistência devido à saturação com água dos solos;
  • Vias de circulação obstruídas devido a queda de árvores, deslizamentos de terras ou desabamentos de pedras.

 

  1. MEDIDAS PREVENTIVAS

 

A ANPC recorda que o impacto destes efeitos pode ser minimizado através da adoção de comportamentos adequados, pelo que se recomenda medidas cautelares para o efeito, nomeadamente:

  • Desobstruir os sistemas de escoamento das águas pluviais e retirar os inertes e outros objetos suscetíveis de serem arrastados ou criarem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
  • Circular com correntes de neve sempre que se revele recomendável nas áreas atingidas pela queda de neve;
  • Evitar atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Garantir a fixação de estruturas soltas, nomeadamente andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto a áreas arborizadas, permanecendo atento à possibilidade de queda de ramos e árvores em virtude de vento mais forte;
  • Circular com a máxima precaução junto à orla costeira e zonas ribeirinhas mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a passagem e permanência nestes locais;
  • Evitar a praticar atividades relacionadas com o mar, como pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, bem como estacionar veículos muito próximos da orla marítima;
  • Evitar a circulação e permanência nas terras altas, onde se esperam rajadas de vento fortes ou muito fortes;
  • Estar atento às informações da meteorologia e aos conselhos e recomendações da Proteção Civil e das Forças de Segurança.