Aveiro: BE denuncia venda de casas de habitação social pelo Estado que agora faltam a famílias

O BE denunciou hoje que o Estado vendeu 253 fogos de habitação social no município de Aveiro onde, agora, há pelo menos 227 famílias que precisam de ser realojadas.

O Estado teve uma política errada de venda do património estatal. Só no município de Aveiro, foram vendidos os 253 fogos sociais e vamos ver o levantamento de necessidade de famílias que precisam de realojamento e, antes da pandemia, eram 227 famílias”, contabilizou o deputado do Bloco de Esquerda (BE) Nelson Peralta, citado num comunicado do partido.

O deputado questionou o ministro da Habitação sobre a situação em Aveiro, durante a audição orçamental dedicada à habitação e infraestruturas.

“Aquilo que era propriedade do Estado e foi vendido falta agora para dar resposta a estas famílias, dado que não foram construídos mais fogos”, considerou o deputado eleito pelo círculo de Aveiro.

Nelson Peralta pretendeu saber se se o governo está disposto a aumentar a oferta “de habitação social para as famílias mais carenciadas, mas também de habitação de propriedade pública para as camadas de classes médias no país e no caso concreto de Aveiro”.

“No concelho de Aveiro temos 295 fogos de habitação social, propriedade do IHRU, muitos deles – para não dizer a maior parte – em situação de degradação”, observou.

De acordo com o comunicado da estrutura local do Bloco de Esquerda, Nelson Peralta referiu também a necessidade de obras nos bairros do Griné e do Caião (Aveiro) tendo recebido como resposta que as obras de reabilitação serão feitas em 2021.

A secretária de estado da habitação, Marina Gonçalves, referiu que o investimento público de 13,6 milhões de euros para 2021, vai incluir intervenções nos bairros sociais do Caião e Griné.

“O Bloco de Esquerda considera que as obras nestes dois bairros são urgentes e aguarda a sua concretização, no mais breve espaço de tempo possível”, conclui.

Lusa