Aumento de internamento no Algarve só possível com “altruísmo” dos profissionais de saúde

Responsável do CHUniversitário do Algarve, que engloba os hospitais de Faro, Portimão e Lagos, indicou que “só essa abnegação” é que permitiu ampliar a capacidade de internamento.

A falta de médicos e enfermeiros no Algarve tem sido superada pela disponibilidade e altruísmo dos profissionais de saúde para responder à pandemia, permitindo ampliar a capacidade de internamento, disse à Lusa a administradora do centro hospitalar algarvio.

“As pessoas foram de um altruísmo e de uma abnegação enormes porque, desde os médicos aos operacionais da logística, foi logo demonstrada disponibilidade, porque todos quiseram fazer parte da solução, disse Ana Castro, administradora do CHUA.

A responsável do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA), que engloba os hospitais de Faro, Portimão e Lagos, indicou que “só essa abnegação” é que permitiu ampliar a capacidade de internamento para doentes covid com a abertura de uma enfermaria hospitalar de apoio em Portimão, com um total de 100 camas.

A estrutura instalada no pavilhão multiusos Arena entrou em funcionamento a 10 de janeiro, quando o centro hospitalar atingiu 80% da sua capacidade de internamento, passando para a fase 4 do plano de contingência hospitalar.

“Temos mantido sempre os 80% nos hospitais para termos sempre os 20% de camas cativas para doentes que possam ter de ficar à espera de cuidados mais diferenciados”, indicou.

A abertura da enfermaria de apoio obrigou a que fossem deslocados profissionais de outras unidades para o normal funcionamento do equipamento afeto apenas a doentes covid, embora o centro hospitalar tenha “contratado todos o que pode e que encontra no mercado”.

A clínica adiantou que a gestão dos recursos humanos tem sido feita de forma “a não provocar a exaustão das pessoas”, apesar de existir uma grande sobrecarga de trabalho”.

“Neste momento estamos a gerir, para que as pessoas possam ter descanso suficiente e não entrem em fase de exaustão”, enfatizou.

No entanto, alerta: “as pessoas não estão folgadas, porque estão a trabalhar desde março sem férias, com excesso de turnos e de horas extraordinárias”.

Lusa

Imagem: regiao-sul.pt