Helena Costa, de 43 anos, calou durante quase 25 anos os segredos da sua passagem pela Fraternidade Missionária Cristo Jovem, em Requião, Vila Nova de Famalicão, como “aspirante” a “freira”.
Com as notícias sobre a intervenção da Polícia Judiciária e asacusações de escravidão sobre o padre Joaquim Milheiro e três religiosas, não aguentou mais e decidiu contar, ao JN, tudo o que que ali passou antes de fugir, incluindo o espancamento de Maria Amélia Serra, irmã que morreu 15 anos depois no “convento”, supostamente por se ter suicidado.Hoje, Helena é casada e tem filhos, mas constituir família não foi o que sempre quis. As aparições de Medjugorje, uma zona da antiga Jugoslávia hoje parte da Bósnia, em 1981, fizeram despertar a sua vontade de entregar-se de corpo e alma à vida religiosa. E quando foi criado um grupo de oração a este propósito, juntou-se a ele. Depois, começou a frequentar a Fraternidade, quando esta ainda estava instalada no Sameiro, em Braga. Em 1989, já com 17 anos, passou uma semana em Requião e gostou, acabando por decidir entrar para a vida religiosa, mesmo contra a vontade dos pais.
Fonte JN