APCAL e as casas pré-fabricadas Passivhaus

Presidente da APCAL (Associação Portuguesa de Construções em Aço Leve), Diogo da Silva Nunes abraça em 2020, um novo projeto com a empresa de construção a seco Obrasnet.

Através do departamento de gestão de projetos, a associação conseguiu contribuir para o desenvolvimento de uma vertente de trabalho do seu associado a Obrasnet: possuir um armazém de preparação de perfis de moradias chave-na-mão. Este projeto irá reduzir para metade o cronograma de construção tradicional e permitir uma redução do custo m2.
Diogo Silva Nunes refere que a APCAL pretende abrir novos horizontes e oportunidades a quem tem consciência ambiental e queira viver um futuro com mais qualidade de vida, e apela à reflexão nesta época conturbada em que atravessamos, onde privados da nossa liberdade de circulação causada pela pandemia do Covid-19, vamos assistir a muitas alterações das dinâmicas sócio-económicas, e a área da construção de habitações sustentáveis será uma
questão que deverá ser desenvolvida em Portugal.

Um projeto que, segundo a APCAL, traz a possibilidade aos jovens que pensam num futuro mais ecológico possam construir as suas próprias casas.
Estudo do INE* realizado em 29 de Janeiro de 2020 indica que no terceiro trimestre de 2019 (últimos 12 meses) os preços da habitação em 44 municípios localizados no Algarve apresentaram uma média de 1635 euros por metro quadrado e na área metropolitana de Lisboa de 1423 euros por metro quadrado que, segundo o Presidente da APCAL, indicam o quão insustentável financeiramente se torna, para qualquer cidadão português, construir ou comprar a sua própria uma casa com padrões de qualidade de excelência por mais de 1000 euros o m2.

Segundo a APCAL as casas em LSF (Light Steel Frame) são mais económicas e mais ecológicas, o material gera menos despojos e impacto nos ecossistemas, sendo que o aço, após a água, é o elemento que a nível mundial mais se recicla e reutiliza. Os três fatores: preço mais baixo, material mais ecológico e qualidade juntos melhoram a qualidade de vida dos portugueses.

E pode-se ver num teste comparativo, realizado pela equipa da APCAL, entre alvenaria de raiz (betão armado) e LSF a conclusão a que se chegou foi que o aço leve e a construção tradicional  maioritariamente se complementam, ambas com as suas valências, no entanto o aço leve tem a vantagem na relação tempo-custo e nos benefícios térmicos e de prevenção sísmica.

Rui Amaral, Presidente de Marketing da APCAL (Associação Portuguesa de Construções em Aço Leve), apela que é urgente converter a população portuguesa a novos hábitos mais sustentáveis e de acordo á lógica green e seguindo as regras da qualidade.

História da Associação Portuguesa de Construções em Aço Leve:

A Associação Portuguesa de Construções em Aço Leve foi fundada no dia 29 de Abril de 2019, por Amaral e Silva Nunes. Dois defensores da democratização das construções eficientes e das práticas de sustentabilidade ambiental nas construções de edifícios e habitações em Portugal.
Determinados em promover as suas ideias criaram esta associação para promover o material de aço leve uma alternativa que pode coabitar e interagir com a alvenaria tradicional, reduzindo custos de construção e tempo e o impacto ambiental associado.
As origens da construção “LSF” remontam à América do século XIX. Com o crescimento populacional maciço a construção tradicional começou a ser substituída por uma solução rápida e com custos inferiores – o “wood framing” – estruturas de madeira interligadas. Após a 2ª Guerra Mundial, as empresas metalúrgicas tinham ganho enorme experiência na utilização do aço devido à guerra e este era um metal abundante, pelo que começou a ser muito
utilizado na construção, primeiro em divisórias interiores e depois na própria estrutura do edifício.