A. D. Vilamar: Não há pandemia que os faça desistir de crescer!

 

É tudo uma questão de tempo: a diretoria da AD Vilamar vai chegar onde pretende, mesmo tendo de contornar inúmeros obstáculos (COVID-19 incluída…)

A realidade é a mesma que se passa em numerosas Associações Desportivas e Culturais pelo país fora: à crónica dificuldade de apoios, estas pequenas entidades (no tamanho, não na energia dos seus dirigentes…) depararam-se com a inevitabilidade de esperar que a pandemia, chegada a Portugal vai fazer um ano, dê tréguas para que algo possa ser feito em concreto.

A reportagem do Jornal Mira Online esteve na sede dessa Associação durante a manhã de um sábado onde, nem a chuva demoveu Nuno Gandarez e alguns dos seus pares a estarem presentes e, orgulhosamente, abrirem as portas do clube e os corações de cada um daqueles diretores apaixonados e entusiastas.

Eleitos em 26 de Setembro de 2020 (portanto, já em plena força pandémica…), os novos Corpos Sociais da AD Vilamar já tinham, em abono da verdade, “a noção exata” da árdua tarefa que os esperava, admitem. Até porque, é preciso referir isto, “depois de 3 tentativas falhadas de se elegerem novas direções” foi preciso que alguns homens e algumas mulheres ” se enchessem de brio” e agarrassem o leme “para que não se deixasse acabar uma curta, porém bonita” história de uma coletividade nascida numa região de gentes lutadoras que não se deixa abater por ventos, tempestades ou pandemias.

A atual direção tem tratado, ao longo deste percurso, da área “da limpeza e da manutenção, para além de tomar pequenas decisões acerca da utilização do espaço, assim que for possível”, dizem. É que, mesmo com confinamentos e com a clara necessidade de tudo se fazer para que o bicho seja devidamente controlado, existe vida para além da pandemia e isto significa que “não se pode parar tudo, abandonar planos e necessidades prementes sem previsão de quando as coisas poderão ser alteradas”. 

Uma das primeiras ações que foram colocadas em prática, foi a “montagem de um sistema de videovigilancia”  que pudesse defender as instalações do vandalismo causado por alguns amigos do alheio que, comummente, “dão o ar da sua graça” naquele espaço. Sim, também na pacata Vilamar acontece a triste ironia de se assistir a uma Associação que luta para “continuar de pé com a cabeça erguida” ser assaltada e ver delapidado o seu parco património que muito lhe custou conquistar!

Outras das decisões tomadas foi a de “permitir a utilização da nossa viatura de nove lugares por sócios com, no mínimo, 2 anos de cotas pagas que necessitem fazer uso desta, desde que não seja para fins comerciais”, bem como o início de um estudo sobre a viabilidade “da vedação total do terreno, com a construção de uma entrada e duas calçadas – uma para a churrasqueira e outra de acesso aos pavilhões e armazém –  que serve como apoio da União de Freguesias de Vilamar e Corticeiro de Cima, bem como para Comissão de Festas das Vindimas e da Marcha de Vilamar”. Também faz parte deste “grande projeto” a construção de um andar que sirva para sala de reuniões, formações e, também, “um museu que dignifique, ainda mais, esta Associação”.

Se ideias não faltam, existe ainda uma outra face  em todo este projeto que promete mudar, para melhor, a identidade necessária entre clube e associados. Nuno Gandarez e sua equipa dão conta de que está em curso a elaboração do “Projeto ADV 20/30” – ainda em fase embrionária – no qual toda a direção coloca a sua energia no sentido de ser feito um diagnóstico real e atualizado para, “numa segunda fase, serem criados os alicerces do crescimento sustentado que pretendemos imprimir à ADV”. Só assim, acreditam, será possível “tornarmos realidade todos os sonhos que temos para esta Associação, pois a nossa ideia é a de que os 300 sócios que temos atualmente sejam muitos mais e que, com eles, consigamos dar um valor ainda maior a este projeto que abraçamos. Não desejamos que, daqui há alguns anos, outros tenham de fazer como fizemos, ou seja, pegar o clube para não deixá-lo morrer. O que queremos é exatamente o contrário!”.

Claro está que nada pode ser feito sem que aconteçam apoios importantes como, por exemplo, o da Câmara Municipal de Cantanhede. Por isso, a reportagem questionou a direção sobre o facto de haver ou não, contatos neste sentido. “Sim, temos tido algumas conversas preliminares e interessantes com a CM de Cantanhede, nomeadamente com o Vice-Presidente da autarquia, Pedro Cardoso e o Vereador Adérito Machado, bem como temos conversado com a União de Juntas de Freguesia, na pessoa de Egídio Patrão… em todos os casos, temos tido excelente receptividade e cremos que estão reunidas as condições para avançarmos e chegarmos a bom porto, também neste capítulo”, afirmam.

Por fim, e porque é de verbas importantes que se trata no sentido de conquistar os enormes objetivos existentes, estará em curso durante o mês de Abril, uma “campanha de regularização de cotas de associados aqui residentes ou no exterior” que será divulgada atempadamente.Tudo em nome de vários pequenos sonhos que acabam por desembocar no sonho maior que é o de tornar a AD Vilmar em uma Associação verdadeiramente capaz de ofertar aos seus apaniguados, momentos de lazer, cultura e desporto… sem os sobressaltos dos tempos que correm!

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