A Cruz Vermelha de Mira necessita da sua ajuda!

A  seção de Mira da Cruz Vermelha esteve, há uma semana a fazer recolhas de bens de primeira necessidade no Modelo-Continente de Cantanhede.

Jornal Mira Online esteve numa curta conversa com a Dª Ana Maria Soares, para saber como decorreu a recolha.

Segundo a responsável máxima pela Cruz Vermelha de Mira ela e todos os VOLUNTÁRIOS  que estiveram nesta ação, recolheram “muito menos que o habitual, cerca de 1 tonelada, apenas”. Mas, ainda segundo ela, “é perfeitamente compreensível, pois as populações têm sido fustigadas por várias calamidades nos últimos meses”.

Mesmo compreendendo as dificuldades alheias, Dª Ana Maria Soares não deixa de tocar num ponto fulcral: “Nós só damos a quem necessita, estes alimentos e os excedentes que recebemos do Pingo Doce, o que é manifestamente pouco, devido ao enorme número de solicitações que recebemos todos os dias! Não temos ajudas de mais nenhum lado, infelizmente…”

Quanto às solicitações que recebem, ela destaca alguns exemplos: Há muitas famílias novas de Brasileiros que precisam de apoio….As.vítimas dos incêndios que não têm respostas, algumas que estão fora do dito “sistema”, pessoas que estão desprotegidas, idosos sem apoio de retaguarda e nós que ocupamos um espaço partilhado por várias instituições e somos apenas Voluntários não conseguimos dar o que necessitam…”

Assim sendo, Dª Ana Maria Soares deixa um apelo dramático: “AJUDEM-NOS a AJUDAR… venham até ao Armazém e, desta forma, talvez nos compreendam, talvez percebam que é muito fácil julgar erradamente… este é um trabalho desgastante, que causa-nos muitas angústias sobretudo quando nos pomos na pele do nosso semelhante… Atualmente a Natureza tem-nos dado sinais que devemos ter em conta todos estamos vulneráveis e de repente podemos precisar de ajuda… quem nos garante?”

Assim sendo, fica o apelo de todo o voluntariado da Cruz Vermelha de Mira no sentido de que os cidadãos do Concelho e as empresas, possam contribuir um pouco mais para que os problemas sejam menores. No fundo, o que se pretende, é que a consciência coletiva se faça sentir, mais uma vez, como tantas vezes já aconteceu!