A Acuinova está em greve

A reportagem do Jornal Mira Online esteve na fábrica da Acuinova, localizada na Praia de Mira, que vive nesta terça-feira um dia diferente.

Pedro Garcia e João Alves, ambos sindicalistas, foram os porta-vozes das reivindicações dos funcionários ligados à aquela empresa e deram conta daquilo que os levou a tomar a atitude de convocarem esta greve.

“O que estamos a denunciar no dia de hoje é a rejeição completa por parte da Administração da Acuinova, de um acordo, por nós solicitado, em Dezembro de 2017”afirmam, para completarem o pensamento com um “nunca houve negociações, na verdade… tivemos três ou quatro reuniões com a empresa, mas esta recusou na totalidade as nossas propostas!”

Quando questionados sobre quais reivindicações estão a falar, ambos deixaram uma pequena lista de tópicos que consideram prementes para que “a situação laboral seja colocada nos devidos eixos”“estamos a falar da desregularização dos horários, por exemplo… exigimos um salário mínimo dentro da empresa que seja de seiscentos e cinquenta euros, maiores prémios e consideramos fundamental que haja progressão nas carreiras!”. Sem nunca nomear colegas de trabalho, os sindicalistas afirmam que na Acuinova “existe desigualdade salarial, desde o início da empresa e que não foi revisto pela atual administração, para além do facto de haver trabalho diferenciado “lá dentro” mas, entretanto, todos são pagos por igual…”.

Os grevistas aproveitaram, também, para “denunciar que não é permitido que possam tirar funcionários de uma seção para colocar em locais onde estão a faltar outras, devido à greve!”, deixando claro, entretanto, que a greve “está a correr de forma ordeira e pacífica, como deve ser, estando garantidos os serviços mínimos no sentido de salvaguardar a alimentação dos peixes”.

O Jornal Mira Online tem procurado contactar com a administração da empresa porém, até ao momento, foram infrutíferas as tentativas de obter uma posição oficial da Acuinova.

Jornal Mira Online